O programa “Sistema Isports para Talentos Esportivos - Modalidade Judô”, de Caroline Godoy, Anderson Ara, Francisco Louzada Neto, Leandro Carlos Mazzei, Marcus Agostinho, e José Olívio Júnior foi o grande vencedor do Prêmio Esporte Inovação, concurso de soluções para os desafios enfrentados pelo esporte no Brasil.
Com temas pré-definidos, como sistema de desenvolvimento de atletas talentosos, buscando alternativas nas mais diversas áreas e integração do sistema esportivo nacional, visando melhorar a sinergia e a complementaridade de ações e tomada de decisão, o prêmio foi destinado a brasileiros ou estrangeiros que atuam nas diferentes áreas de conhecimento, nos meios acadêmico ou empresarial, em centros de pesquisas, incubadoras, aceleradoras de projetos, startups, entre outros apresentem projetos em gestão e inovação no esporte que tragam soluções efetivas, sustentáveis e de alto impacto para toda a cadeia produtiva do esporte nacional.
Treze trabalhos foram aprovados na primeira fase da disputa e cinco deles foram finalistas e puderam expor suas ideias no Centro de Eventos de Salvador, durante o II Congresso Olímpico Brasileiro. A definição dos premiados foi feita por votação realizada pelos participantes do evento.
O projeto vencedor utiliza de matemática e estatística para coleta de dados em testes feitos para atletas de judô. O projeto foi validado pela Confederação Brasileira de Judô, com testes sugeridos pela CBJ. Todos os dados coletados são reunidos em uma nota que varia de 0 a 100. Assim, é possível comparar diferentes atletas, mas também o desenvolvimento de um mesmo esportista ao longo do tempo. De acordo com os autores, a metodologia pode ser facilmente replicada para outros esportes.
— Falei pros meus alunos que estavam ajudando aqui que, como ex-atleta, a sensação é como se tivesse participando de uma competição real. O resultado a gente espera só no final, deu frio na barriga, ansiedade e quando passa o terceiro, o segundo, você pensa ‘nossa, e agora?’, mas é uma felicidade muito grande, satisfação, de reconhecimento. Nós somos pesquisadores, acima de tudo, e existimos para isso para contribuir com os setores que precisam de inovação. É quase como ganhar uma medalha olímpica — disse Leandro Mazzei ao receber o prêmio de R$ 15 mil e ainda uma passagem para viver a experiência dos Jogos Olímpicos Paris 2024.
O segundo lugar ficou com o projeto “Medidor de Velocidade de Pedestres: Descobrindo Talentos Para o Esporte”, dos gaúchos Fabiano Peçanha, Juliano Peçanha, Jaqueline Beatriz Weber, e Luciano Peçanha.
A ideia é colocar em praças e parques tapete que podem medir a velocidade de qualquer pessoa, seja através de passos ou corrida. Segundo o ex-atleta olímpico, o objetivo inicial não é o alto rendimento, mas detectar possíveis potenciais. Semifinalista dos 800 m em Londres 2012, ele espera a partir de agora conseguir implementar o projeto em algumas cidades, como Porto Alegre.
— Gostaria de ter levado pra orla do Guaíba, mas está difícil até agora — disse à reportagem de GZH, ao apresentar o trabalho idealizado em Santa Cruz do Sul e que está, por exemplo, no interior paulista e Roraima.
O terceiro trabalho mais votado foi o “Ciclismo Virtual Brasileiro – Competições Virtuais em Percursos Reais”, de Schubert Abreu, Daniel Pawel e Rodrigo Rosa.
Os projetos que ficaram em segundo e terceiro lugar ganharam um dia de vivência no COB e no Centro de Treinamento do Time Brasil, além do valor de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente.