O Brasil deixa as Paralimpíadas de Tóquio com a bagagem recheada de recordes. A campanha do país, além de cumprir as metas estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), como chegar ao 100º ouro e permanecer no top 10 do quadro de medalhas, conseguiu estabelecer as melhores campanhas brasileiras na história dos Jogos Paralímpicos.
O primeiro recorde quebrado foi o de medalhas de ouros. Antes, ele pertencia a Londres, quando o Brasil conseguiu 21 primeiros lugares. No entanto, nos dois últimos dias no Japão, o país arrebatou uma sequência de medalhas e conseguiu chegar a 22, estabelecendo nova melhor marca.
Poderia até ser 23, mas o primeiro lugar de Thiago Paulino, no arremesso de peso na classe F57, foi retirado após um protesto da China. Além disso, oito esportes diferentes conseguiram subir no lugar mais alto do pódio.
As medalhas de ouro somadas, com as 20 pratas e os 30 bronzes, fizeram o Brasil igualar as 72 condecorações recebidas nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, quando o país sediou o evento. A última veio com Alex Pires, prata na maratona T46, classe disputada por atletas com deficiência nos membros superiores.
Isso fez com que os brasileiros igualassem outra marca importante, ficando em sétimo lugar no quadro geral, repetindo o feito de Londres, em 2012. Foram 14 esportes diferentes no pódio no Japão, naturalmente também um recorde.
Como destaque nos esportes, a hegemonia brasileira continuou no futebol de 5, onde o Brasil derrotou a Argentina no último sábado e chegou ao pentacampeonato na modalidade. Cinco também foi o número de medalhas que Maria Carolina Santiago conquistou em Tóquio. A atleta do Grêmio Náutico União levou para casa três ouros, uma prata e um bronze, tornando-se a maior medalhista mulher brasileira da história em uma mesma Paralimpíada.