A seleção brasileira feminina de vôlei sentado conquistou, no início da manhã deste sábado (4), a medalha de bronze nas Paralimpíadas de Tóquio. Na disputa de um lugar no pódio, no Complexo Makuhari Messe, em Chiba, o Brasil derrotou o Canadá por 3 sets a 1 (25/15, 24/26, 26/24 e 25/14) e repetiu o desempenho dos Jogos Rio-2016.
Com três vitórias em três jogos na fase de classificação, a seleção foi derrotada pelos Estados Unidos na semifinal.
— Tivemos um desempenho muito bom aqui. Foram dois anos sem jogar por conta das restrições impostas pela pandemia e eu acredito que isso influenciou muito. Mas passamos por todos os obstáculos, todas as dificuldades e fomos evoluindo ao longo da competição — avaliou levantadora e atacante, Edwarda Oliveira, classe VS1.
A partida deste sábado foi o segundo enfrentamento das equipes nesta Paralimpíada, já que na estreia as brasileiras venceram o confronto por 3 a 2. Mais soltas em quadra, as comandadas de José Guedes Dantas impuseram o ritmo no primeiro set, fechando em fáceis 25/15. O Canadá entrou no jogo na segunda parcial, que seguiu equilibrada até a reta final, quando as canadenses abriram 24/20. Com uma boa sequência de Pâmela no saque, o Brasil salvou quatro set points e empatou em 24/24, mas não conseguiu a virada e perdeu por 26/24.
O terceiro set foi um verdadeiro teste para o equilíbrio emocional da seleção e o momento crucial da partida. Depois de ficar atrás no placar durante quase toda a parcial e ver o Canadá abrir uma vantagem confortável, o Brasil reagiu, empatou e virou o jogo, fechando em 26/24. Era a senha para a medalha de bronze que se aproximava.
Embaladas, as brasileiras voltaram a comandar o jogo no quarto set, não dando chance para as rivais. Depois de abrir 10/3, a seleção retomou o ritmo imposto no primeiro set, com efetividade no ataque e eficiência defensiva, fazendo vários pontos de bloqueio. Com isso, venceu a parcial com mais tranquilidade, em 25/14, fechou a disputa por 3 a 1, garantindo o bronze.
— Acho que não tinha jeito melhor de começar no cenário de uma Paralimpíada do que com uma medalha. Mas muito mais do que isso é começar com grandes exemplos na minha frente. Eu, como caloura, me vejo nas próximas Paralimpíadas fazendo o que essas meninas fizeram hoje, o que elas entregaram — afirmou Luiza Fiorese , 24 anos, que estreou em competições oficiais pela equipe nos Jogos de Tóquio e faz parte do processo de renovação do time brasileiro.