O Comitê de Disciplina da Fifa abrirá uma investigação sobre os incidentes violentos ocorridos momentos antes do início do jogo entre Brasil e Argentina, nessa terça-feira (21), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. As informações são o portal ge.globo.
A partida em que o Brasil foi derrotado por 1 a 0 teve seu início atrasado em quase 30 minutos por causa de uma pancadaria entre policiais militares e torcedores argentinos no setor Sul do Maracanã, atrás de um dos gols.
O artigo 17 do Código Disciplinar da Fifa, em sua versão de 2023, deixa claro que a CBF é a única responsável pela segurança do jogo. E, portanto, a única que pode ser punida. O Código não prevê punições específicas para cada infração, mas lista uma série de penas que podem ser aplicadas de acordo com a decisão do Comitê.
As punições podem ser multas, disputar uma ou mais partidas sem público (ou com limitação de público), proibição de mandar jogos em determinado estádio, obrigação de atuar em campo neutro ou até dedução de pontos e expulsão de competições.
Não há prazo para que a decisão sobre este jogo seja anunciada. O Brasil só volta a entrar em campo pelas Eliminatórias em setembro de 2024. As datas Fifa de março e junho do ano que vem serão ocupadas com amistosos.
Em publicação no Instagram, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, lamentou os episódios ocorridos no Maracanã e afirmou que "não há lugar para a violência no futebol". O dirigente suíço escreveu: "Não há absolutamente nenhum lugar para a violência no futebol, dentro ou fora do campo. Tais eventos, como os vistos durante a partida entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Fifa no Estádio do Maracanã, não têm lugar em nosso esporte ou sociedade. Sem exceção, todos os jogadores, torcedores, funcionários e dirigentes precisam estar seguros e protegidos para jogar e apreciar o futebol, e eu peço às autoridades competentes que garantam que isso seja respeitado em todos os níveis."
A Conmebol também se pronunciou sobre o assunto para afirmar que "condena toda forma de violência e vai sempre cooperar com ações que ajudem a acabar com a violência, o racismo, a xenofobia e a discriminação." A entidade sul-americana também repetiu que não tem relação com a organização das eliminatórias para a Copa do Mundo, um evento da Fifa.