A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) divulgou um comunicado sobre a confusão com e torcedores na partida entre Brasil e Argentina, no Maracanã, na noite de terça-feira (21). Em nota enviada a GZH, o órgão lamentou o ocorrido e relatou que, dentro do estádio, a segurança era responsabilidade de uma empresa terceirizada, contratada pela CBF.
"A segurança das arquibancadas estava a cargo de uma empresa especializada contratada pela CBF. Seguindo protocolos próprios, coube à CBF a decisão de liberar a venda de ingressos sem critério de cotas para torcedores dos dois países e, mais grave, de não delimitar espaços nos setores de arquibancadas para cada torcida, uma prática utilizada com sucesso nas praças esportivas do Estado do Rio de Janeiro", diz a nota.
A PMERJ afirma também que só foi comunicada da venda de ingressos sem a delimitação de uma área destinada à torcida visitante após a operação ter sido liberada para os compradores adquirirem os bilhetes, ou seja, não tinha mais como planejar um setor específico para os argentinos. Além disso, inicialmente, a ideia era separá-los dos brasileiros.
"Inicialmente, a venda para torcedores argentinos foi direcionada para o setor sul do estádio. Contudo, o setor acabou liberado para todos os torcedores, transformando a área, que deveria ser restrita, em arquibancada mista", conclui o texto.
Confira a nota PMERJ na íntegra
"Posicionamento da Secretaria de Estado de Polícia Militar sobre eventos registados no interior do Estádio do Maracanã
A respeito dos lamentáveis episódios que antecederam a partida entre Brasil e Argentina na noite de terça-feira no Maracanã, a Secretaria de Estado de Polícia Militar vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
O Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE), referência nacional em sua especialidade, cumpriu rigorosamente sua missão, conforme legislação vigente.
Em eventos privados, como a partida desta terça-feira, a legislação determina que toda a organização fique a cargo das entidades promotoras envolvidas.
A segurança das arquibancadas estava a cargo de uma empresa especializada contratada pela CBF. Seguindo protocolos próprios, coube à CBF a decisão de liberar a venda de ingressos sem critério de cotas para torcedores dos dois países e, mais grave, de não delimitar espaços nos setores de arquibancadas para cada torcida, uma prática utilizada com sucesso nas praças esportivas do Estado do Rio de Janeiro.
Vale destacar que a Polícia Militar, por meio do BEPE, só foi informada sobre o critério de vendas de ingressos e adoção de setores mistos, ou seja, sem a divisão de torcidas, em reunião realizada na última quinta-feira, 16 de novembro, dois dias depois do início da comercialização de ingressos. No dia 16, todos os ingressos já tinham sido vendidos.
É importante pontuar que, inicialmente, a venda para torcedores argentinos foi direcionada para o setor sul do estádio (local onde ocorreu o confronto entre torcedores). Contudo, o setor acabou liberado para todos os torcedores, transformando a área, que deveria ser restrita, em arquibancada mista".
*Colaborou: Nikolas Mondadori