Pancadaria, jogo atrasado e derrota. A Seleção brasileira masculina de futebol sofreu um golpe pesado na noite desta quarta-feira (22) pelas Eliminatórias Sul-Americanas. No Maracanã, no Rio de Janeiro, foi derrotada pela Argentina, por 1 a 0. O gol marcado por Otamendi, aos 17 minutos da segunda etapa de jogo, fez a seleção treinada por Fernando Diniz encerrar o ano de 2023 com um gosto amargo.
Não é para menos. Foi a primeira derrota brasileira, na história, jogando em casa pelas Eliminatórias e, justamente, para a sua eterna rival. Diferentemente do que esperava a imprensa, o meio-campista Raphael Veiga, que atuou menos de 20 minutos na derrota para os argentinos, foi o único jogador da Seleção selecionado pela CBF a conceder entrevista na saída de campo. Confira o que disse o jogador em entrevista ao repórter Eric Faria, da Rede Globo:
— Partindo do princípio que futebol é resultado, e a gente não tá conseguindo os resultados, temos que entender que precisamos melhorar algumas coisas. Mas também temos que saber que, desde o primeiro jogo do trabalho do Diniz, a gente vem numa crescente. Na minha opinião, a Argentina não merecia vencer hoje, por tudo aquilo que produzimos — disse o jogador palmeirense.
— Eles não produziram tanto. Só que a verdade é que no futebol ganha quem consegue fazer mais gols. Eles foram efetivos e a gente precisa melhorar isso pra ganhar os jogos e voltar a ter aquela atmosfera que é a Seleção Brasileira — finalizou o meia-atacante brasileiro.
Além de Veiga, Raphinha também falou após o jogo, ressaltando o peso de vestir a camisa canarinha.
— O peso vestindo essa camisa vai ter sempre, estando em primeiro ou em sexto. Se não me engano, a Seleção de 2002, campeã do Mundo, teve muita dificuldade para se classificar para a Copa. A gente está num início de trabalho e estamos conseguindo render. Infelizmente os resultados não estão acontecendo, mas ainda temos muitos jogos pela frente.
Depois de seis rodadas disputadas, o Brasil figura apenas na sexta colocação das Eliminatórias, a última que concede uma vaga direta para a Copa do Mundo de 2026. Em um ano em que não teve um técnico efetivo após a saída de Tite, a Seleção mais perdeu do que ganhou. Foram cinco derrotas, três vitórias e uma derrota.