O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira, chegou por volta das 19h15min desta quinta-feira (6) à Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro, para prestar depoimento sobre suposto crime de informática cometido no último sábado (1º). Após sofrer lesão no tornozelo durante amistoso do Brasil contra o Catar, que acabou por cortá-lo da Copa América, ele surgiu no local de cadeira de rodas.
O jogador divulgou em seu perfil no Instagram uma gravação com diversas imagens íntimas de Najila Trindade, a mulher que o acusa de estupro. No vídeo, já retirado do ar pelo Instagram, o atleta exibiu conversas por WhatsApp com ela anteriores e posteriores à data em que ela afirma ter sido estuprada. No decorrer do diálogo, aparecem imagens dela nua ou seminua com o rosto e partes íntimas borradas.
Antes transferido para o Serviço Aeropolicial, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, o depoimento foi realocado para a Cidade da Polícia, zona norte da cidade. As informações de alterações de locais foram confirmadas pela Polícia Civil.
A mudança do local, ocorrida pela segunda vez nesta quinta (6), não teve motivo divulgado pela Polícia Civil. Diversos repórteres aguardavam o atleta na Lagoa quando tiveram a informação de nova transferência de local do depoimento.
Na primeira delas, a corporação alegou medida de segurança, uma vez que muitas crianças ocupam a frente da Cidade da Polícia, gerando situação de risco. De fato, cerca de 50 menores moradores da favela de Jacarezinho, nos arredores da delegacia, estavam em frente ao local gritando mensagens de apoio a Neymar.
Em algumas delas, os jovens berram que o atleta é inocente. O depoimento estava inicialmente marcado para esta sexta (7), mas acabou antecipado pelo jogador.