Imagine um colorado ter um D'Alessandro em casa. Ou uma gremista levar seu próprio Kannemann para a escolinha. Que tal Danrléia, em homenagem ao ex-goleiro? Os cartórios de registro do Rio Grande do Sul atestam: a paixão pelo futebol faz com que muitos torcedores homenageiem seus ídolos batizando com os nomes deles os próprios filhos. Ou, então, com os sobrenomes.
É o caso do pequeno Kannemann. Foi homenageando o zagueiro argentino do Grêmio que Marília Castro dos Santos, 22 anos, batizou seu rebento no início deste ano – mesmo que o pai, colorado, fosse contrário à ideia. Kannemann, o jogador, revelou seu orgulho e, falando a ZH, desmanchou-se:
– Isso não tem explicação. É a prova do carinho da torcida comigo.
Há dois Kannemanns nascidos recentemente no Estado nos últimos anos, segundo o Sindicato dos Notários e Registradores do Rio Grande do Sul (SindiRegis-RS). O número sobe quando falamos de ídolos anteriores. Taffarel, por exemplo: desde que o ex-goleiro do Inter e da Seleção Brasileira conquistou a Copa do Mundo de 1994, surgiram 149 xarás dele no Estado. Danrleis há ainda mais: são 812 registros no Rio Grande do Sul desde os anos 1990, quando o arqueiro fez carreira também defendendo o Grêmio e a Seleção.
A seguir, conheça algumas das tantas homenagens que torcedores fazem aos seus ídolos:
Pai do guri de um ano quis dar o nome e sobrenome de um dos responsáveis pelas recentes conquistas do Grêmio
Colorada e gremista foram batizadas com os nomes dos ídolos D'Alessandro e Danrlei
Família registrou o filho com o nome do zagueiro do Grêmio
Professor de História recebeu o nome porque o pai era fã do goleiro da Seleção Brasileira
Com sobrenome muito parecido ao do técnico do Grêmio, pai gremista optou por registrar o filho de Renato, sem o nome da mãe
Fã do camisa 10 do Inter, Tamires Fernandes Rodrigues, 21 anos, deu o nome (e sobrenome) do argentino ao filho
Pai queria que o filho se chamasse Murilo, o reserva do então goleiro do Grêmio. O titulares, porém, se destacou nas conquistas da década de 1990