Em qualquer rivalidade do mundo, o ambiente é cheio de provocações — sutis ou não. Na Argentina, não é diferente. Depois que o técnico do Boca Juniors, Gustavo Alfaro, disse que o duelo desta terça-feira (22) será o jogo de sua vida, foi a vez do comandante do River Plate, Marcelo Gallardo, dizer o que representa para ele o clássico válido pela volta da semifinal da Libertadores.
— O jogo da minha vida já joguei, que foi a final do ano passado em Madri. Esta partida de agora é muito importante, mais um desafio, mas nada mais do que isso — disse o treinador.
A declaração praticamente abriu a entrevista coletiva de Gallardo, concedida nesta segunda, no Monumental de Núnez, antes do último treino da equipe. A atividade será com portões fechados, mas o técnico antecipou que mandará à Bombonera a mesma escalação que venceu o jogo de ida, por 2 a 0, com: Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Enzo Perez, Palácios, Fernandez e De la Cruz; Borré e Suarez.
— Esperamos poder controlar o jogo da nossa forma e, se acontecer uma pressão inicial do Boca, nos defendermos com a bola. Não vamos mudar nossa forma de jogar, nosso estilo, porque nos sentiríamos incômodos. Os jogadores sabem disso, e, por isso, sentem segurança — avaliou.
River e Boca reeditam a decisão da Libertadores do ano passado, quando o time de Gallardo ficou com a taça. Porém, na Bombonera, o retrospecto é negativo. Pela competição continental, foram 13 clássicos disputados na casa do Boca, com nenhuma vitória millonaria, seis empates e sete derrotas.
— Para mim, isso não conta para nada. Não temos estatísticas na cabeça, coisas do passado. Estamos focados no presente. É um desafio para nós e vamos buscar sairmos classificados para mais uma final de Libertadores — comentou ele.