Como era de se esperar, o duelo entre River Plate e Boca Juniors nesta terça-feira (1°) pela ida das semifinais da Libertadores foi recheado de polêmica e emoção. Pouco menos de um ano depois de se encontrarem pela final da competição continental em Madri, na Espanha, o maior clássico da Argentina se repetiu. Desta vez, em casa e sem qualquer tipo de violência dentro e fora de campo. E, com mais de 50 mil torcedores a favor, foi a estratégia ofensiva do time de Marcelo Gallardo que sai vencedora. Ao aplicar um 2 a 0 com moral, o River Plate abriu vantagem em busca de sua segunda decisão consecutiva no torneio.
Desde o apito inicial do confronto, o River mostrou sua força no Monumental de Núnez e comandou as ações. Uma demonstração clara de que a missão seria difícil para a equipe de Gustavo Alfaro aconteceu logo aos dois minutos de partida, no primeiro lance de perigo do River Plate: pênalti para os donos da casa. Borré sofreu falta de Mas, a infração foi revisada pelo brasileiro Raphael Claus no VAR e confirmada. Aos sete, o próprio camisa 19 cobrou a penalidade e converteu para fazer o 1 a 0.
O desenho do primeiro tempo foi praticamente assim: um River organizado tocando a bola e criando, contra um Boca bagunçado correndo atrás de uma sobra. A única chance clara de gol na etapa inicial para os visitantes aconteceu aos 42 minutos. Ábila recebeu ótimo lançamento de Reynoso, protegeu da chegada de Casco e deu passe para Capaldo. Completamente livre na área e cara a cara com Armani, o camisa 14 jogou por cima do gol. No fim, a vitória simples no primeiro tempo saiu barata para o Boca.
Nos minutos iniciais da etapa complementar, os xeneizes até tentaram esboçar uma postura mais agressiva. Não durou muito, apenas 10 minutos. A partir daí, o River colocou o rival na roda. Aos 10, teve bola na trave de Montiel. Aos 15, quase gol contra do goleiro Andrada após atrapalha de Izquierdoz e Mas. E, aos 24, Nacho Fernández fechou a conta. O volante iniciou jogada pelo meio, abriu para Suárez na direita e recebeu bom cruzamento de volta. O camisa 26 tocou na pequena área para deslocar o arqueiro deles e fazer o segundo.
Capaldo, novamente, foi o único capaz de levar trabalho para o rival. Aos 30, tentou bater de primeira para encobrir o goleiro Armani, mas o camisa 1 do River estava esperto e deu um tapinha na bola. Já nos acréscimos, aos 51, o meia, que perdera a única chance do Boca, acabou expulso após um carrinho Enzo Pérez.
Ao Boca, cabe exaltar o grande trabalho defensivo e agradecer o placar "magro" fora de casa. Podeira, facilmente, ter sido mais. Agora, em terras argentinas, não é clichê afirmar que não tem nada definido. O Boca cresce em casa, e a volta está marcada para o dia 22 de outubro, às 21h30min, no Estádio La Bombonera. Só então o hermano que viaja para Santiago, no dia 23 de novembro, será conhecido.
Libertadores - Semifinal - Jogo de Ida - 1°/10/2019
River Plate: Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Nacho Fernández, Enzo Pérez, Palacios e De la Cruz (Julián Álvarez, 40'/2°T); Suárez (Lucas Pratto, 44'/2°T) e Borré (Scocco, 19'/2°T).
Técnico: Marcelo Gallardo.
Boca Juniors: Andrada; Weigandt, Lisandro López, Izquierdoz e Emmanuel Mas; Capaldo, Marcone, Mac Allister (Zárate, 31'2°T) e Reynoso (Salvio, 26'/2°T); Soldano (Tévez, 9'/2°T) e Ábila.
Técnico: Gustavo Alfaro.
Gols: Borré (R), aos sete minutos do primeiro tempo; Nacho Fernández (R), aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Emmanuel Mas (B), Izquierdoz (B), López (B), Nacho Fernández (R), Enzo Pérez (R) e Pinola (R).
Cartão vermelho: Capaldo (B).
Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por Danilo Manis e Bruno Pires (trio brasileiro).
VAR: Nicolás Gallo (COL).
Próximo jogo - terça-feira, 22/10 - 21h30min
Boca Juniors x River Plate
Estádio La Bombonera
Libertadores - Semifinal - Jogo de Volta