Mesmo tendo duas rodadas do Brasileirão a cumprir e uma eleição presidencial agendada para o dia 9 de dezembro, o Inter se movimenta em busca de reforços para a próxima temporada. Porém, com uma perspectiva melhor de investimentos.
Horas antes de enfrentar o Corinthians, neste sábado (2), em entrevista na concentração colorada em Guarulhos, o atual presidente Alessandro Barcellos garantiu que o clube terá em torno de R$ 100 milhões para injetar no futebol profissional em 2024.
— Estamos falando em torno de R$ 40 milhões na folha do ano que vem e de R$ 40 a R$ 50 milhões de investimento (para contratar atletas). Então, estamos falando de aproximadamente R$ 100 milhões que não tínhamos para investir no futebol e que teremos, pelas condições que acumulamos nos três últimos anos de um trabalho sério. Ao contrário dos freios que tivemos nos últimos anos. Por isso, alguns jogadores chegaram no meio do ano e outros como jogadores livres. Mas, esta situação nós não temos mais — prometeu ele.
Desta forma, além de reforçar o elenco, a gestão pretende aumentar a folha salarial que, hoje, supera os R$ 10 milhões.
Até mesmo por conta deste aporte disponível, a gestão iniciou contatos por reforços. O atacante Bruno Rodrigues, que pertence ao Tombense e está emprestado ao Cruzeiro, e o meia Gustavo Scarpa, do Nottingham Forest, da Inglaterra, já receberam propostas. Também foram ligados ao Colorado os meias Nahitan Nández, do Cagliari, e Shaylon, que vive os últimos dias de contrato com o Atlético-GO, sem confirmação por parte dos dirigentes.
— Não vamos falar de nomes sem que as coisas estejam confirmas. É óbvio que estamos trabalhando na prospecção de mercado e todos estes nomes são importantes, mas não há nada avançado e temos que tratar com muito cuidado para não gerar expectativas e dificuldades por aceleração. Sei que a eleição incentiva a falar mais em nomes, mas não vamos fazer isso — despistou o presidente.
Por outro lado, Barcellos relatou que a disputa eleitoral tem sido um fator que tem dificultado o avanços das negociações. Isso porque, assim como a gestão tem aberto tratativas, a chapa de oposição, capitaneada por Roberto Melo, tem feito movimentos semelhantes.
— As especulações começam a surgir e isso atrapalha, porque temos duas chapas concorrendo e muitas vezes estamos tendo dois interlocutores no mercado. Isso é muito ruim e a gente sabe que está acontecendo. Então, muitas vezes o pessoal quer esperar e ganhar dinheiro nas costas do Inter. Infelizmente, isso atrapalha e vira um leilão interno — enfatizou.