O Inter enfrenta a Chapecoense neste sábado (27), na Arena Condá, na estreia do Campeonato Brasileiro 2019. Além de superar o adversário, os colorados também precisam derrubar um tabu: o de nunca ter conquistado um ponto sequer jogando em Chapecó. Em uma das partidas em que os gaúchos estiveram em solo catarinense, o técnico era Argel Fucks. Foi na derrota em 2016, por 1 a 0.
— Quando eu treinei o Figueirense, sempre ganhamos. Nunca perdi lá. Quando fui com o Inter, a primeira vez, nós perdemos por 1 a 0. O Juan foi expulso e o Ananias fez um gol de cabeça após uma falta. Para você jogar em Chapecó, tem uma peculiaridade. Tem que conhecer o jogo. Lá é diferente. É um jogo mais truncado, de bola aérea, mais pegado, mais competitivo. Chapecó é muito parecido com o Rio Grande do Sul. Eles criam um clima, uma atmosfera — disse Argel, que treinou outras equipes em Santa Catarina, como Criciúma, Avaí, Joinville e o próprio Figueirense.
Para enfrentar o Índio Condá, Odair deve mandar a campo um time reserva. A provável equipe tem Daniel; Bruno, Emerson Santos, Roberto e Uendel; Rodrigo Lindoso, Nonato, D'Alessandro, Camilo e Guilherme Parede; Rafael Sobis.
— É sempre jogo encardido — afirma Argel.
Há alguns anos, os colorados diziam que jogar contra o Juventude era uma "touca". Na década de 1990 e o início dos anos 2000 ficaram conhecidos entre os torcedores por resultados adversos contra o time de Caxias do Sul. Argel comenta se agora a Chapecoense assumiu esse posto.
— Se você analisar os últimos resultados, sim. No ano passado, o Inter poderia ter pelo menos empatado. Eu acho que você levando em consideração os últimos resultados, é claro que o Inter tem dificuldades lá. O Palmeiras também tem. Eles já foram goleados lá. A dupla de ataque deles de hoje é ex-Grêmio e ex-Inter: o Everaldo e o Aylon. Ou seja, eles conhecem muito bem o Inter (...) Há uma mobilização maior quando o Inter vai lá. O Grêmio quando vai lá, empata ou ganha. Em termos de resultados é mais equilibrado. E com o Inter não, então eles se mobilizam. O Aylon vai querer jogar tudo que sabe por ter atuado no Inter, assim como o Everaldo vai fazer o mesmo por ter jogado no Grêmio — destacou.
Historicamente, Chapecó é uma colônia de gaúchos. A cidade do oeste catarinense está acostumada com os costumes do Rio Grande do Sul e, claro, também torcendo muito para a dupla Gre-Nal. Argel, entretanto, salienta que se a torcida favorece quando os gaúchos atuam lá, a massa da Chapecoense é aumentada com o coro do rival.
—O gaúcho vai no jogo de qualquer jeito. Se é o Inter que vai lá, o gremista coloca a camiseta da Chapecoense e vai torcer. Quando é o Grêmio, o colorado também vai ao estádio torcer contra. É um ambiente diferente (risos).