As partidas contra o River Plate e o Palestino, a decisão do Gauchão contra o rival, o último jogo pela Libertadores contra o Alianza Lima, todos esses confrontos deixaram uma certa impressão no ar: parece que o Inter é capaz de ir além do que vem apresentando em campo.
Não quer dizer que Odair Hellmann não mereça seguir no cargo ou que as atuações sejam sofríveis, mas, para uma equipe que tem nomes como Lomba, Moledo, Cuesta, Edenilson, Dourado, D'Ale, Nico e Guerrero, a sensação é de que temos uma Ferrari andando a 40 km/h.
A gente assiste aos jogos querendo sentir o vento na cara, emoção a cada curva, mas olhamos para o lado e vemos que custamos a passar pelo tio com um Passat 1978.
Contra o Alianza Lima, a equipe jogou toda a primeira etapa com o freio de mão puxado. Somente no segundo tempo, ousamos pisar um pouco mais no acelerador, e o Inter ganhou movimentação e presença na área adversária. Faz sentido que a equipe se preocupe em se defender, em não correr riscos desnecessários.
Mas seria interessante ver o que uma formação com um pouco mais de velocidade e força no ataque poderia fazer. Quem sabe testar D'Ale e Sarrafiore juntos por algum tempo? Se precisar puxar o freio de mão logo em seguida, paciência, mas pelo menos a gente terá sentido um pouco da emoção de andar a 100 km/h.
Seguir evoluindo
É óbvio que a campanha do Inter na Libertadores é excelente. Mas time que quer ser campeão, e não apenas fazer uma campanha excelente, precisa seguir evoluindo ao longo da competição.