Passados três dias do Gre-Nal 417, a confusão que ocorreu após o apito final ainda não acabou. Depois de Maicon ter falado sobre "pedido de arrego" dos jogadores colorados, Marcelo Lomba deu sua versão sobre o ocorrido.
— Quem estava na conversa sabe o que foi falado. Ali foi uma conversa para ter um exemplo bom, que valoriza as famílias dentro dos estádios. Dentro de campo, vai ter dividida forte. Quem tava na conversa sabe que o que foi falado é isso. Essa é a postura do Inter, o que acontece no vestiário fica no vestiário. A gente não externa nada, a gente conversa, trabalha e tenta melhorar. Ali na área mista, o Inter foi pro vestiário e comemorou com a torcida. E a postura é essa pra todo campeonato, seja contra o Grêmio, contra a Chapecoense ou o Real Madrid.
O goleiro, que operou três defesas difíceis no clássico do último domingo (9), tentou dar um tom pacífico às discussões, deixando claro que o assunto vai ficar no passado.
— Quando eu venho aqui, eu sou apenas o Marcelo Lomba. Eu sou um cara que sou totalmente da paz. Claro que o Grêmio tem as competições dele, nós temos a nossa. Mas a nossa mensagem é essa, dentro de campo, vamos dar o nosso melhor. Vamos dividir, chegar firme, comemorar com a nossa torcida. E não tem outra mensagem: fora de campo é paz, as torcidas em comunhão. A gente pode ver a torcida mista, e aqui a gente vai fazer nossa parte dentro de campo.
Confira outros pontos da entrevista:
O que fica de lição do Gre-Nal, para que as mesmas coisas não aconteçam novamente?
Eu falo com bastante calma, tento ser bastante ponderado na minha maneira de ser. Procuro como testemunho, ser a mesma pessoa que dá entrevista, anda na rua, vai a campo como goleiro do Inter. E a gente o que pode levar de lição do Gre-Nal é da parte tática, como pudemos atuar bem e seguros, do time como dedicação e exemplo de disputa. Tivemos um primeiro tempo muito aguerrido, até pouco futebol. E no segundo tempo o Inter prevaleceu, soube ter o controle do jogo, criou chances, o que podemos levar foi uma grande atuação de um time sólido, seguro, humilde, e que sabe onde quer chegar e ainda não chegou
Sobre o sistema defensivo colorado:
O nosso sistema defensivo vai muito bem. Foi algo plantado no início do ano. Rodam os jogoadores, mas o sistema segue o mesmo. Entram Uendel, Klaus, Emerson, Fabiano, Zeca e não muda. Não há individualidade. O Camilo enrou contra o Paraná e fez o gol, o Rossi contra o Corinthians. Nosso foco é o coletivo. Temos um elenco e para chegar longe dependemos da força dele para chegar longe. Nossos zagueiros estão muito bem, Moledo e Cuesta têm dado a vida. Nossos atacantes já buscam recuperar a bola. Assimilamos e chegamos a um nível melhor.
Sobre a tabela na reta final:
Estudamos a tabela quando virou o turno. Tivemos dificuldades no início do primeiro turno. Falamos que, se fossemos bem, seria um grande passo. Nos concentramos, focamos e agora há dois jogos fora. São dois rivais que fazem valer seu mando. E a partir de agora a gente vai pensar na Chape. Concentração total. A gente vem plantando desde o início do ano, mas precisamos ralar mais um pouco. Não está na hora de comemorar, a gente tem que suar a camisa e treinar bastante.
Confronto contra a Chapecoense:
É uma equipe que busca se recuperar na tabela. A gente vai poder avaliar melhor na quinta, quando eles forem a campo. Não há jogo fácil, tivemos jogos difíceis contra equipes da parte de baixo da tabela. Queremos medir forças e esperar o que farão na quinta. Tivemos dois dias para descansar.
Sobre a coletiva do Maicon
Vamos tentar entender: o Inter está em uma caminhada boa. As instituições vão tentar fazer de tudo para tirar nosso foco, mas não vão conseguir. Temos que pensar na Chapecoense, então temos que falar deles. Saber que eles tem um atacante forte, que é o Leandro. Os três pontos da Chape e do Grêmio são os mesmos. Não há jogo de 10, seis pontos. Vamos passo a passo.
Sequência como titular:
Quando eu joguei a primeira partida, só queria fazer o meu com segurança, concentrado. Nossa prioridade é que o time vença. E recebi muito apoio dos companheiros. Eu fui para o gol sem ritmo, há um tempo sem jogar. Eles foram muito importantes. É fruto de muito treinamento. Temos uma boa escola de goleiro, um bom treinamento. Também é fruo da experiência. Trabalhei em grupos em grandes clubes, de grande torcida.
Teme que as confusões do Gre-Nal possam repercutir no comportamento da torcida?
O Inter só tem uma mensagem, um discurso. O Inter é grande, exemplo para as crianças, para famílias. O que ocorre em campo, fica em campo. O Inter trabalha muito, quer chegar longe, quer conquistar coisas grandes. Esse é o nosso fiscurso. Humildade e Chapecoense. Viramos a página. Estamos felizes, mas não ganhamos nada
Acha que falta algo no time para ser campeão?
O futebol é lindo e apaixonante por não ser exato. Cada jogo surge situação surpresa. Você sai ganhando no primeiro minuto, mas também pode sair perdendo assim. Precisa estar sempre preparado, com o máximo de informações. Você precisa estar altamente preparado, com confiança. Não podemos achar que o que fizemos será suficiente para ganhar os próximos. Mas com os pés no chão para dr nosso melhor. Queremos manter isso