Paulo Paixão é uma aula de vida. Um dos maiores preparadores físicos da história do futebol brasileiro viveu algo que até os mais fortes não suportariam. O homem que nasceu no Rio de Janeiro, mas hoje não troca o Rio Grande do Sul por nada, perdeu os dois filhos, experimentou a mais profunda das tristezas e segue em pé, trabalhando com brilho nos olhos e abrindo um largo sorriso quando fala dos netos. O professor de 73 anos, que já conquistou tudo o que é possível na carreira profissional, foi ao Sem Filtro, programa de GZH no YouTube, e abriu o coração numa entrevista emocionante.
No estúdio estavam comigo os companheiros Diogo Olivier e Vini Moura. E para o nosso trio ficou muito claro o tamanho do amor que o professor tem pelo seu ofício. No início da conversa perguntamos se existia um segredo para alguém se manter no mais alto nível por 40 anos? Então seus olhos brilharam e ele explicou, detalhadamente, como prepara um treino e sua conexão com Roger Machado, passando pelos pedidos do técnico para ele adaptar o uso da bola em quase todos os trabalhos físicos. Até um aquecimento que simula movimentos de jogo para todos os setores do campo eles criaram juntos.
No momento mais forte do programa, o homem que foi a cinco Copas do Mundo e festejou o título em 2002 fala das mortes dos filhos Alessandro, em 2002, e Anderson, em 2016. Foi nesta hora que saiu o apaixonado pelo trabalho e entrou em cena o pai que precisou se reerguer duas vezes para amparar a esposa e cuidar da família. Um relato comovente.
E ele ainda tocou seu tantan, cantou e chorou de emoção. Mas paro por aqui e não conto mais nada. Isso você pode e deve conferir a partir das 19h desta quarta no YouTube de GZH e na Rádio Gaúcha.
A frase que abre este texto é a melhor de todas as chamadas para mais um Sem Filtro especial. Paulo Paixão é uma aula de vida.
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