Após a confirmação da morte do preparador físico da Chapecoense, Anderson Paixão, o pai e também preparador Paulo Paixão lamentou a tragédia que matou, pelo menos, 71 passageiros na Colômbia. Católico e praticante do espiritismo, ele afirmou que tem fé e disse não ter "nada a reclamar" de Deus.
– É uma situação que traz reflexões: aquelas pessoas que precisam refletir, celebrar a vida, respeitar o próximo, celebrar a sua vitória e derrota. Toda e qualquer classe (social) tem que celebrar a vida, mas com respeito, carinho. Num dia desses, assim, quem não tem sentimento, olha, esse (ser humano) está com vida mas não vive – afirmou.
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Paulo Paixão recordou a perda do outro filho, o psicólogo Alessandro Paixão, em 2002, morto por um ataque cardíaco após um jogo do Grêmio em Portugal.
– O momento é realmente muito difícil. Quis o bom Deus que essa situação mais uma vez viesse, já que nós, em 2002, também perdemos o Alessandro e chegamos à Copa. Acho que esse era o nosso destino, não tenho nada a reclamar do meu bom Deus por tudo o que Ele me deu, agradecer por mais um dia de vida e, infelizmente, dar os pêsames às demais famílias, por hoje, por aqueles que partiram.
Paulo Paixão afirmou que Anderson vivia um "momento mágico" na Chapecoense. O preparador físico morto no acidente desta terça-feira trabalhava no clube de Santa Catarina há quase cinco anos e iniciou a passagem no local quando o time ainda disputava a série C. Ele também vinha atuando como preparador da Seleção Brasileira, com os técnicos Dunga e Tite.
Anderson deixa a esposa e dois filhos, um de 10 anos e outro de nove, completados nesta terça-feira.