O atacante Paolo Guerrero fez um movimento importante na tarde desta quinta (20) para provar a sua inocência no caso de doping. A pedido de seus advogados, o Ministério Público peruano realizou uma inspeção no Swissotel Lima, onde o jogador do Inter alega ter ingerido um chá que continha folha de coca, enquanto estava concentrado com a sua seleção. A informação foi divulgada pelo Canal N, do Peru.
Segundo a imprensa peruana, estavam presentes na inspeção um fiscal do Ministério Público, o próprio jogador, a sua mãe e o seu advogado Julio Garcia. O objetivo é provar a responsabilidade do hotel na contaminação do atleta, que está suspenso por doping pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês) até abril de 2019.
O exame realizado em Guerrero após o jogo entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro, pelas Eliminatórias, apontou a presença de um metabólito da cocaína. De acordo com o atleta, isso aconteceu devido à ingestão de um chá com folha de coca, dois dias antes, no Swissotel, onde a seleção peruana costuma realizar a sua concentração.
Se o Ministério Público peruano encontrar alguma prova na inspeção, o material será utilizado na defesa do jogador na Justiça suíça. A intenção é conseguir a absolvição do atacante ou pelo menos obter um novo efeito suspensivo, liberando o atleta para atuar imediatamente pelo Inter.
Guerrero foi suspenso por 14 meses pelo TAS. Em maio, no entanto, o Tribunal Federal Suíço concedeu um efeito suspensivo, liberando o atacante de forma provisória da punição. Com base nesta decisão, o jogador disputou a Copa do Mundo pela seleção do Peru e foi contratado pelo Inter em agosto.
Uma semana após a sua chegada ao Beira-Rio, no entanto, a Justiça da Suíça revogou o efeito suspensivo, obrigando o atleta a cumprir o restante da suspensão (até abril de 2019). O jogador não pode sequer treinar nas dependências do Inter.
Os advogados de Guerrero buscam na Suíça um novo efeito suspensivo, para que o atacante possa estrear com a camisa colorada ainda em 2018.