Caso Paolo Guerreiro está dormindo. Eis a expressão que ouvi nos bastidores. Os advogados do jogador estão tentando uma reversão da suspensão na Justiça da Suíça, para garantir que ele volte antes dos sete meses ainda pendentes da pena por doping.
Do contrário, ele só poderia estrear em abril. O Inter observa à distância. Move peças com cuidado, sem fazer alarde. Aproveita a ótima fase do time para não trazer o assunto às manchetes. A ordem é esperar. Cada dia de paz no Brasileirão é um a menos na punição.
Na pior das hipóteses, até lá sem custo, tem um reforço garantido para a Libertadores do ano que vem. Na melhor, se do repouso o Inter acordar com uma boa surpresa, Paolo Guerrero pode surgir como vitamina para as rodadas finais, quem sabe a tempo de decidir o tão sonhado título brasileiro, ausente da prateleira de troféus desde a campanha invicta de 1979.
Por enquanto, o técnico Odair Hellmann e sua trupe vão ganhando tempo disputando ponto a ponto no alto da tabela do Campeonato Brasileiro. Boa maneira de fazer o tempo passar: à espera do centroavante de grife.