Dos 32 jogadores que integram a delegação do Inter em Atibaia, três deles são muito pouco conhecidos da torcida. Álvaro, Gabriel Silva e Nonato. Apesar do quase anonimato, novatos como estes três serão cada vez mais vistos no elenco de Odair Hellmann. Segundo o diretor-executivo Rodrigo Caetano, o clube mira chegar ao fim da temporada com pelo menos 40% do grupo profissional formado por atletas oriundos do CT Morada dos Quero-queros, a base colorada.
O primeiro, deles, Álvaro, é atacante, tem 20 anos, foi contratado no ano passado ao Salgueiro-PE e entrou por último no rol da viagem porque Brenner precisou ser submetido a uma artroscopia no joelho direito – com parada prevista para um mês. Gabriel Silva é o mais velho dos três. Tem 23 anos e é zagueiro. Chegou para o Inter também em 2017, contratado ao Barra-RJ. O terceiro é o meia Nonato, de 20 anos, buscado em maio no São Caetano-SP.
– Álvaro veio devido a uma questão que aconteceu com o Brenner, que teve de passar por uma artroscopia. O time B serve para suprir o principal. Nonato e Gabriel já estavam sendo monitorados, e o Odair tinha um número X de atletas para a intertemporada. É um rodízio que vem acontecendo constantemente. Como princípio, temos de ter um percentual de vagas para os jogadores formados no clube – disse o diretor executivo do Inter, Rodrigo Caetano.
– Queremos chegar em dezembro com 40% de jogadores da base no elenco. Isso é o ideal – destacou Caetano.
O dirigente pretende, assim, implantar no Inter processo semelhante ao do Flamengo, que voltou a lançar jovens talentos e, somente no ano passado, revelou Vinicius Júnior e Lucas Paquetá. Ele admite as dificuldades para que o clube volte a se reforçar no mercado e não chega a prometer reforços, mas admite que o Inter buscará algumas peças na janela de agosto:
– Todos sabem a dificuldade que enfrentamos na questão financeira e também técnica no Brasil. É difícil conseguir atletas de bom nível, que é a nossa premissa trazer atletas que venham agregar qualidade, e não só para compor elenco. Em algumas posições, temos ainda algumas carências, mas só vamos fazer (as contratações) se estiverem dentro do escopo financeiro e atendam nossas necessidades. Não podemos falar sobre isso agora, há janelas abertas, principalmente de saída. O nosso foco não seriam muitas peças, mas, se tivermos condições de reforçar a equipe, vamos fazer – completou Caetano.