Desde que se consolidou 64 como a pontuação necessária para ascender da Série B, o Inter travou. Foram duas chances em casa de chegar ao número e nada. Nesta sexta-feira, em uma partida de pouca criatividade, empatou em 0 a 0 com o CRB e estagnou nos 62.
Enquanto comemorou os retornos de Rodrigo Dourado e Leandro Damião e devolveu Cláudio Winck à titularidade, Guto Ferreira teve um desfalque de última hora: Danilo Silva teve um desconforto muscular na coxa esquerda. Em seu lugar, voltou Léo Ortiz.
Antes do apito, duas marcas importantes motivaram intensos aplausos. A primeira foi a placa que recebeu Eduardo Sasha em alusão aos 150 jogos pelo Inter. A a segunda foi uma homenagem a D'Alessandro, que chegou às 380 partidas e ultrapassou Paulo Roberto Falcão e Carlitos na lista entre os que mais atuaram com a camisa colorada.
Quando a bola rolou, o CRB armou um retrancão e levou uma pressão intensa nos primeiros minutos. Foram quatro conclusões e um gol, anulado. A primeira finalização foi de Sasha, cabeceando para fora. Depois, D'Alessandro cobrou falta para a área, Pottker cabeceou, a bola passou entre as pernas do goleiro e Cuesta empurrou para a rede. O gol foi invalidado por impedimento.
Pouco mais tarde, o argentino bateu outra falta, que o goleiro espalmou. E a cena se repetiu com Edenilson, em outra bola parada, mas nova defesa de Edson Koln.
Se os 20 minutos iniciais foram de pressão, os 20 minutos seguintes foram de escassez de oportunidades e criação. Dominado pela marcação do CRB, o Inter não teve qualquer oportunidade até os 40. Quem deu susto foi a equipe alagoana. Em falta da esquerda, Diego cruzou para a área e Adalberto cabeceou para fora.
Só aos 41, o Inter voltou a oferecer perigo. Sasha recebeu na área e, quando ia concluir, acabou sendo travado. Aos 43, Pottker recebeu na direita, cortou a zaga e bateu forte, para boa defesa do goleiro.
O inter voltou do intervalo com uma mudança: Nico López no lugar de Sasha. Mas apesar de ter imposto mais ímpeto, o uruguaio sozinho não conseguiu mudar o panorama. O time insistia em jogadas com pouca criatividade e apostava em uma pressão desorganizada e em chutes de fora da área.
Recuado, o CRB torcia por um contra-ataque. Ele veio aos 15. Danilo Pires recebeu na direita, driblou e chutou cruzado, a bola desviou e sobrou para Neto Baiano, livre, bater e Danilo Fernandes fazer um milagre.
Com esse cenário, Guto Ferreira fez a segunda troca: Camilo por Pottker. Essa mexida posicionou Nico mais à frente, ao lado de Damião. Aos 25, nova substituição, Carlos no lugar de Leandro Damião.
Carlos quase marcou aos 31. Uendel cruzou da esquerda e ele cabeceou para grande defesa de Édson Koln.
Nos minutos finais, no desespero, o Inter se atirou para o ataque buscando o gol da vitória. Mais uma vez, não conseguiu.