Pela análise de diversos profissionais que acompanharam a carreira de Luis Manuel Seijas, é possível dizer que Paulo Roberto Falcão ganhou um reforço para as quatro funções que estabeleceu em seu modelo de meio-campo no Inter. Recuperado de lesão no tornozelo, o venezuelano está liberado para jogar contra o Corinthians no domingo. E sua versatilidade pode lhe garantir a titularidade.
Seijas viveu seus melhores momentos no Santa Fe e na seleção de seu país entre 2014 e 2016. Curiosamente, executando funções diferentes no meio-campo.
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No clube colombiano, em um sistema semelhante àquele que Falcão tenta aplicar no Inter, o jogador atuava aberto pela esquerda. Mas tinha liberdade de movimentação. Era possível vê-lo a todo momento entrando na área adversária para aproveitar rebotes. Em compensação, acompanhava as subidas do lateral-direito adversário muitas vezes até mesmo até a linha de fundo.
Na seleção, era o que se convencionou chamar de segundo volante: aquele jogador que busca a bola da defesa e organiza as jogadas ofensivas, mas também deve marcar os meias centrais do time adversário.
A avaliação de todos os analistas consultados por Zero Hora é de que, antes de tudo, Seijas é um jogador obediente. Consegue cumprir as missões táticas pedidas pelos treinadores.
– Como todo jogador que se destaca na América do Sul, ele tem muita consciência tática – aponta o comentarista Eugênio Leal, da Fox Sports.
A opinião é partilhada pelo ex-jogador venezuelano César Semidey, que serviu à seleção de seu país por mais seis anos:
– Ele se sacrifica pela equipe, muito educado taticamente. Por isso, o bom deste jogador é que cumpre todas as funções de meio.
Porém, apesar da versatilidade, há unanimidade na avaliação de que Seijas rende, mesmo, é pelo lado esquerdo, aberto na linha de quatro jogadores – a que vinha sendo cumprida por Gustavo Ferrareis.
– Jogando centralizado, perde a surpresa que normalmente causa. Do lado esquerdo, tem mais espaço e visão para criar – opina Fábian Rozo, correspondente do jornal Marca na Colômbia.
Pablo Romero, repórter do jornal El Tiempo, de Bogotá, lembra que Seijas virou ídolo da torcida do Santa Fe graças às atuações pelo lado esquerdo:
– Ele não é um camisa 10 clássico, centralizado, armador. Joga aberto nas pontas.
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