Após o Foz reclamar publicamente que não recebeu o dinheiro pela venda de Pepê ao Porto, o Grêmio espera a resposta da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para tentar acordo sobre o pagamento. Por enquanto, o montante que está previsto no orçamento foi utilizado em outras áreas e uma negociação para o repasse deverá ser aberta pelo Tricolor.
Os paranaenses tinham 30% dos direitos econômicos e exigem a compensação pelo atacante, que deixou o Grêmio em 2021, comprado pelos portugueses. Porém, o consenso na Arena, entre a antiga e nova gestão, é que os valores serão transferidos somente com a indicação dos verdadeiros merecedores da quantia.
Em nota enviada no começo da tarde desta sexta-feira (13) para GZH o Grêmio reafirmou a sua posição:
"Existe um imbróglio judicial, gerado pelo próprio clube paranaense, envolvendo o Grêmio e terceiros, e que tramita na CNRD. Este imbróglio gera dúvidas em relação a quem pagar. Em razão disso, iremos aguardar uma decisão formal dos órgãos competentes sobre para quem devemos efetuar o pagamento dos valores, para não correr o risco de ser obrigado a pagar duas vezes as quantias acordadas em contrato".
Fontes consultadas no clube garantem que o caso é analisado pela CNRD e não há uma previsão de definição. Em paralelo, o dinheiro previsto, aproximadamente R$ 30 milhões com a atualização monetária, está orçado para o calendário de 2023. Porém, o objetivo é buscar um acordo para o pagamento.
A alegação é que antes da transferência de Pepê para o Porto, o Foz sinalizou ao Grêmio que havia vendido 20% dos direitos econômicos para empresários. Sendo assim, o imbróglio foi gerado.
O Tricolor não reservou o montante e utilizou a quantia em outras negociações como quitação de contas, salários e contratações. Desta forma, a partir da indicação sobre os verdadeiros merecedores dos valores.