O presidente do grupo gestor do Operário-PR, Álvaro Goes, reagiu às declarações de Roger Machado sobre ter sido ofendido por torcedores do clube paranaense na última quarta-feira (27). Em entrevista ao canal ESPN, o dirigente se colocou à disposição do treinador do Grêmio para apuração do caso. Porém, duvidou da acusação.
— Acho muito difícil que isso tenha acontecido. Tenho certeza de que os torcedores jamais iriam falar isso. Eles nem sabem se o Roger tem esposa e filha. Como que o cara vai saber se ele tem filho ou filha? Acho que o Roger deveria ter procurado a diretoria para que nós realmente identificássemos quem era o torcedor — disse Goes, que completa:
— Ali é uma aglomeração de pessoas elitizadas da arquibancada, com um nível de cultura mais elevado. Mas não ponho minha mão no fogo. Se o Roger quiser que a gente faça um levantamento, faremos. Mas ele não nos procurou.
Horas depois, consultado pela reportagem de GZH, Álvaro Goes voltou a minimizar o fato, duvidando da possibilidade de algum torcedor conhecer os nomes dos familiares do Roger Machado. Por outro lado, pediu desculpas ao treinador pelo ocorrido.
— Em momento algum eu vi a torcida falar algo nesse sentido. Ali atrás onde ele (treinador) fica é realmente bem perto do torcedor. Temos esses problemas com o nosso treinador também quando o time não vai bem, é normal. O torcedor é passional e xinga, mas ofensas desse calão, teria de fazer uma pesquisa na família dele para saber quem é a mulher e os filhos. Não sei se todo mundo tem capacidade para isso. Com a lei que nós temos, tenho certeza de que nenhum torcedor seria idiota ao ponto de falar da pessoa e da família — afirma Goes, que complementa:
— O Operário não compactua com esse time de coisa. Gostaria que o Roger tivesse nos comunicado. Nós temos câmeras e poderíamos resolver o problema. Quero pedir desculpas ao Roger, pois gostamos de tratar bem todos que vêm para Ponta Grossa.
Entenda o caso
Em entrevista após a vitória do Grêmio sobre o Operário, Roger Machado relatou que torcedores do clube paranaense ofenderam sua família e, por isso, reagiu com xingamentos. Conforme o técnico gremista, foram gritados os nomes de sua esposa e filhas.
— Em 30 anos de futebol, adaptado a esse ambiente como visitante, é a primeira vez que eu vejo em coro minha família ser xingada. Hoje (quarta-feira) eu me senti extremamente ofendido aqui em Ponta Grossa. Em coro, gritaram o nome da minha esposa e das minhas filhas com adjetivos pejorativos — disse Roger.