A saída de Ferreira do Grêmio foi anunciada horas depois de o centroavante Borja chegar a Porto Alegre, na noite desta terça-feira (3). O reforço colombiano, no entanto, não é uma reposição para o camisa 11, já que são de posições diferentes. Depois de confirmar a eminente venda do atacante, o vice-presidente de futebol, Marcos Hermann, falou após a classificação na Copa do Brasil, sobre a busca por outras peças no mercado, além das saídas do volante Matheus Henrique e do zagueiro Ruan.
— Estabelecemos prioridades em nomes e vamos trabalhar em cima deles. É o Borja e mais dois, em outras duas posições diferentes — revelou o dirigente, em entrevista coletiva depois do jogo na Arena.
O Atlanta United comunicou que pagará a multa rescisória de 8 milhões de euros (R$49,3 milhões) de Ferreira, através de carta enviada ao Tricolor nesta terça. Assim, o valor virá em transferência única, à vista, fazendo com que o clube gaúcho tenha dinheiro disponível imediatamente para reinvestir no elenco. Um levantamento de GZH considerando as vendas do Grêmio na temporada chegou à cifra de R$ 130 milhões entrando nos cofres tricolores.
— Se o depósito da multa rescisória do Ferreira se confirmar, vem à vista. Estamos com cash — comemorou.
Porém, o superávit gremista se repete nas finanças desde 2016. A marca é comemorada pela gestão, mas a torcida a usa para pedir mais contratações de peso. Hermann ponderou, confirmando outra venda gremista:
— Todos clubes brasileiros operam com déficit. O Grêmio cobre ele com vendas. As vendas feitas ao longo do ano cobrem este rombo, digamos assim. Os recursos que vem do Matheus Henrique e do Ruan ainda não vieram porque os acordos ainda estão sendo feitos.
O volante e o zagueiro estão acertando suas idas para o Sassuolo, da Itália. Matheus, que defende a seleção olímpica finalista nas Olimpíadas de Tóquio, deve ir imediatamente para a Europa caso o negócio seja fechado. Já Ruan fica até dezembro em Porto Alegre.