Os jogadores do Grêmio acordaram depois das 12h no primeiro dia do grupo no Rio de Janeiro. Afinal, os momentos iniciais da delegação na capital fluminense foram marcados por transtornos importantes. A decolagem em Fortaleza, na noite de sábado (19), ocorreu com um atraso de três horas, o que prejudicou muito a logística gremista. Os atletas desembarcaram na concentração, na Barra da Tijuca, apenas às 6h e foram liberados para descansar. Por conta disso, o treino previsto para à tarde foi cancelado.
— Nós só acordamos agora — contou à reportagem o goleiro Phelipe Megiolaro, quando apareceu no saguão do hotel, pouco depois das 12h30min.
O jovem arqueiro foi um dos poucos a aparecer nas áreas publicas do hotel. Isso porque o jogador pensava que o almoço seria no restaurante do térreo. Depois, foi orientado por um segurança de que a refeição seria em outro andar. O atleta foi titular na derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, no sábado, e será o reserva contra o Flamengo, na quarta, devido à lesão muscular sofrida por Julio César.
Por volta das 13h, o volante Maicon também desceu e foi tietado, inclusive por flamenguistas. Um pai com a camisa do Flamengo tirou uma foto do jogador abraçado com o seu filho, que estava fardado com a camisa do Grêmio.
— Maicon, a família é toda flamenguista, mas o meu filho é gremista — avisou o pai do menino, o motorista carioca Vitor Nascimento, 38 anos, dirigindo-se ao meio-campista.
A história é curiosa. O filho Giulliano, oito anos, sempre recebeu de presente todos as camisas do Flamengo desde que nasceu. No entanto, a partir de 2014, começou a admirar o futebol do meia Giuliano, seu xará, que jogava no Grêmio naquela época. A partir daí, o garoto virou gremista, e o pai não conseguiu convencê-lo a voltar a ser rubro-negro.
— Depois que o Giuliano saiu, ele se encantou pelo Geromel. Aí não teve jeito. Virou gremista de vez — completou Nascimento.
Além de Megiolaro e Maicon, apareceram no saguão apenas o auxiliar Victor Hugo Signorelli, que acordou um pouco mais cedo do que os demais, e o segurança Luiz Fernando Cardoso, o Fernandão, que não estava em Fortaleza e, como viajou direto de Porto Alegre para o Rio, estava descansado.
Já o técnico Renato Portaluppi ainda não foi até a concentração gremista, na Barra da Tijuca. Como tem residência na capital fluminense, o treinador foi liberado para descansar com a família em seu apartamento, em Ipanema.
A grande preocupação gremista no Rio é o atacante Luan, que faz tratamento intensivo no pé direito. Na chegada da delegação ao hotel, às 6h, o camisa 7 desceu do ônibus mancando bastante. Com um capuz escondendo boa parte do rosto, o jogador caminhou com muita dificuldade e fui o último a entrar no hotel. Dificilmente o atleta iniciará o jogo contra o Flamengo.
Apesar disso, o Grêmio não passa informações sobre a situação médica do jogador. Neste domingo, as prioridades são o mistério e o descanso.