Thiago Neves já aceitou a oferta salarial do Grêmio. A amizade com o técnico Renato Portaluppi empolga o meia a deixar o Cruzeiro. Esses dois fatores, contudo, ainda não asseguram a troca de clube. E a negociação seguirá ao longo da semana, sem prazo para conclusão.
No sábado (8), André Zanotta, executivo de futebol do Grêmio, tinha viagem programada para Belo Horizonte. Não é certo, no entanto, que tenha sido recebido por Itair Machado, vice de futebol do Cruzeiro. Na sexta-feira, conforme informações da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o dirigente já tinha viajado para o sítio em que costuma descansar nos finais de semana.
Com mais um ano de contrato por cumprir com o Cruzeiro, Thiago Neves tem multa rescisória estipulada em US$ 10 milhões (R$ 39,1 milhões). O valor é considerado excessivo pelo Grêmio, que confia no próprio jogador para obter uma diminuição.
— O Cruzeiro se endividou em 2018. O elenco tem quatro centroavantes, por exemplo— diz o comentarista Léo Figueiredo, da Rádio Itatiaia, citando Barcos, Raniel, Fred e Sassá, destacando a necessidade de uma redução de gastos.
Figueiredo, contudo, observa que o Santos, clube que também tem interesse por Thiago Neves, poderia usar como moeda de troca o atacante Bruno Henrique, que interessa ao Cruzeiro.
— O jogador já topou (a oferta do Grêmio). Tem vontade de jogar aqui. A multa é que é o mais complicado. Se o Cruzeiro pedir muito, não sai negócio — afirma um dirigente do Grêmio, que pede para não ser identificado.
Da concorrência do Corinthians, o Grêmio parece livre. O presidente Andrés Sanchez declarou que não pagará altos valores a jogadores em 2019. Para contar com o meia, autor de 15 gols em 53 pelos jogos pelo Cruzeiro em 2018, o Grêmio pagaria salário em torno de R$ 700 mil, em um contrato de dois anos de duração.