Nem tudo foi luzidio na temporada 2018 de Thiago Neves, o sonho de Natal do Grêmio. Para fechar o ano como uma das referências técnicas do Cruzeiro, o meia enfrentou dois meses e meio de um sombrio inverno sem gols e com atuações discretas. O ápice foi logo depois da Copa. No primeiro jogo do Brasileirão pós-recesso, contra o Atlético-PR, ele saiu vaiado de campo no Mineirão. A reação da torcida, com quem mantinha uma relação de amor havia um ano e meio, bateu fundo.
Thiago contou com o apoio de Mano Menezes. O técnico o bancou no time e apostou a recuperação, embora tenha, em entrevista, receitado a solução para acabar com a má fase: "Mais empenho".
Thiago empenhou-se, passou a participar mais do jogo coletivo e se tornou decisivo. A seca de gols acabou no 2 a 0 no Flamengo, no Maracanã, pelas oitavas da Libertadores, no começo de agosto. Depois, ele foi fundamental na caminhada do bi da Copa do Brasil e fechou o ano com 15 gols em 53 jogos.
A relação com a torcida voltou a pleno. Só de ouvir que o camisa 30 pode deixar a Toca da Raposa já provoca calafrios nos cruzeirenses.