Para não quebrar as regras do equilíbrio financeiro alcançado em 2018, o Grêmio propõe renovações de contrato sem reajuste salarial. Para manter o lateral-direito Léo Moura e o volante Cícero, o clube oferece o mesmo salário que é recebido atualmente pelos dois jogadores. Em apenas um dos casos a estratégia funcionou.
Os valores não são revelados pela direção. Léo Moura já concordou, e a assinatura do novo contrato só depende do prazo. O Grêmio oferece vínculo até o final de dezembro de 2019, quando irá se encerrar o mandato da atual gestão. O lateral quer assinar até metade de 2020. Pelas palavras de Jorge Machado, seu empresário, não será este detalhe que impedirá o acerto.
— O interesse é das duas partes. Léo Moura é muito grato ao Grêmio — diz o agente.
No caso de Cícero, a oferta de um salário igual foi duramente rechaçada.
— Ele só não aceitou como pediu um superaumento — comenta um dirigente, que pede para não ser identificado.
Por isso, não houve sequência nas negociações. O empresário do volante, Eduardo Uran, disse aguardar por um novo contato. Caso ele ocorra, o Grêmio já disse que sua posição de não conceder permanecerá inalterada.
— Ainda acredito em acerto. Pelo que sei, não há outro clube que ofereça salário maior do que o do Grêmio - complementa o mesmo dirigente.
Fatores como a venda de Arthur ao Barcelona, por R$ 140 milhões, determinaram um ano excepcional para as finanças do Grêmio, o que proporcionou o equilíbrio financeiro que o clube quer manter para a próxima temporada. O balancete de setembro, apresentado na última reunião do Conselho Deliberativo, apontou um superávit de R$ 70 milhões.