Muitos gremistas sentiram a falta dele no campo na derrota para o Palmeiras na última quarta-feira (31). Ele se mostrou desconfortável em ficar no banco de reservas sabendo que não poderia entrar no jogo. Nada disto, porém, abala o bom astral e a seriedade do volante Ramiro. Descontraído e concentrado ao mesmo tempo, ele participou do "Cardápio do Zé" deste mês de junho no Gaúcha Sports Bar. Na pauta sua carreira, o momento do Grêmio e a personalidade de um jovem (25 anos) que enfrentou obstáculos para estar onde está, mas que é muito consciente de que tem muita estrada para trilhar.
Ramiro lamenta as dificuldades que o Grêmio vem enfrentando em jogos na Arena neste Brasileirão, mas avalia que o único resultado negativo em que houve justiça foi contra os palmeirenses.
- Nas partidas em que empatamos com o Inter e o Fluminense fomos melhores e merecíamos vencer. O Palmeiras não. Foi melhor que nós - analisou.
Retirado do último compromisso no teste de vestiário antes do jogo, garante que está melhor da forte pancada recebida contra o Bahia e que no domingo (10) estará em campo contra o América-MG para uma missão que se tornou fundamental.
— É importantíssimo voltar a ganhar em casa para equilibrar as coisas — projetou.
Ramiro nasceu em Gramado. Na infância e adolescência, dividia-se entre o futsal e o tênis - viveu intensamente a "era Guga" -, que ainda pratica esporadicamente até contra colegas como Arthur, e ainda muito cedo foi jogar nas categorias de base do Juventude, de onde se transferiu para o Grêmio.
Em 2011, pelo Ju, marcou seu primeiro gol como jogador profissional, exatamente contra o Grêmio, na época treinado por Renato. Para o pai de Ramiro, Gilnei Benetti, é um dos gols inesquecíveis da carreira do filho. Gilnei segue sendo um complemento muito importante na vida de Ramiro, mesmo com este já totalmente independente. É comum vê-lo frequentando hotéis com a delegação gremista, promovendo churrascos para os colegas do filho ou conversando com dirigentes. Foi do pai que Ramiro herdou o gosto pela prática desportiva e pela arte de assar um bom churrasco.
Na vida profissional do atleta, Gilnei não se mete, mas é chamado de "gestor" por Ramiro ao confirmar que o jogador tem contrato com o Grêmio até 2021 e que o Juventude não tem mais participação nos seus direitos federativos e econômicos.
Sobre futuro o pai não opina, porque o filho tem visão muito clara: sonha em jogar no Exterior, preferindo a Europa, e ainda não se fascinando com a novas e ricas fronteiras abertas como a Arábia Saudita.
— Claro que projeto sair para outro país, mas com segurança e depois de cumprir minha obrigação com o Grêmio que é o meu clube e minha realidade. Tenho passaporte italiano, o que pode me criar alguma facilidade, mas meu presente é o Grêmio — falou o jogador.
Aí reside um grande sonho, que Ramiro não esconde em meio a três competições importantes (Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores):
— Ah, Libertadores é muito grande , é a nossa Champions League. Imagina vencer duas vezes consecutivas...
Confira tudo isto e muito mais no Cardápio do Zé , com José Alberto Andrade conversando com Ramiro e com a participação de Gilnei Benetti, pai do jogador.
Confira o bate-papo com o meio-campista gremista:
Assista ao vídeo: