Cícero está em débito com a torcida do Grêmio. Improvisado como falso nove, já que Jael não é uma unanimidade e Hernane Brocador busca condicionamento físico, seu desempenho tem sido insatisfatório. É visível o crescimento em campo quando passa a atuar mais recuado. Na vitória contra o Juventude, domingo (4), escalado como armador na vaga de Luan, Cícero voltou a sofrer contestações. Tanto que enquetes realizadas indicam que torcedores gostariam de ver Thonny Anderson na função.
— Como todos sabem, minha posição de origem é volante, vindo mais de trás. De frente para o campo, enxergo melhor a jogada. Sempre deixei bem claro isso — defende-se Cícero.
Jogador de confiança de Renato, ele é respaldado pelo treinador apesar das contestações que vêm do lado de fora. Experiente, diz estar habituado a superar desafios na carreira. Com a ressalva de que o mais justo é o jogador ser cobrado em sua função de origem.
— Sempre gostei de ser cobrado na minha vida. Mas é melhor ser cobrado jogando onde você se sente mais à vontade do que numa posição que não é a sua — diz.
É com bom humor que Cícero encara a situação. Para estar em campo, admite ser escalado até em funções improváveis:
— Não sou meia de origem. Mas o mais importante é estar jogando e adquirindo ritmo. Se estiver precisando de um zagueiro ou um goleiro, eu vou. Mas é lógico que tenho minhas preferências.