Tanto o Governador Eduardo Leite quanto o Prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., demonstraram pessimismo quanto a volta do Gauchão em 19 de julho. É fácil de entender esta reação quando temos crescimento de casos, mortes e internações em UTIs nos hospitais gaúchos. Mas é preciso encontrar alguma alternativa segura de volta para sobrevivência dos clubes. Sim, é questão de sobrevivência.
A cada dia, surgem números e mais números de déficits e dívidas aumentando. Todos concordamos que ninguém é mais cuidado do que os jogadores de futebol neste momento. São protocolos rígidos ao extremo. Os jogos serão com portões fechados. Não é questão essencial? Não para quem não está ligado a ele. E são milhares e milhares de pessoas envolvidas.
TETÊ — Seis brasileiros entre 100 jovens jogadores com menos de 21 anos concorrem ao prêmio de "Golden Boy" promovido por um jornal italiano. Entre eles, o atacante Tetê, formado no Grêmio, que saiu daqui reclamando da falta de oportunidades no time profissional. Atualmente com 20 anos e jogando no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, o garoto pode não ter contribuído com gols no Tricolor, mas o que tá rendendo de dinheiro é uma maravilha. E se mudar de time na Europa nesta temporada ajudará muito na crise do coronavírus.
PIADA — A tentativa de retorno do Carioca para o fim desta semana soa como uma grandiosa piada. E de mau gosto. Ao contrário do Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro sofre com dezenas de milhares de casos e quase oito mil mortos por covid-19. Os dirigentes sequer deveriam estar discutindo a volta do futebol quanto mais que o Cariocão recomeçasse em quatro ou cinco dias. O Flamengo "puxa" a fila para voltar logo, achando que faz o que bem quer por lá. Uma pena não ter tido tanta vontade de agilizar o pagamento (ainda não feito) das indenizações às famílias dos meninos mortos no incêndio do Ninho do Urubu, em janeiro de 2019.