Claro que a data extraoficial de 19 de julho perde força com a bandeira vermelha na Serra e o endurecimento das restrições de Porto Alegre ainda na bandeira laranja, por deixar mais longe a permissão para treinos coletivos. Caxias, Juventude e Esportivo terão de ficar em casa até 29 de junho, no mínimo, quando nova avaliação de leitos e velocidade de transmissão da covid-19 será anunciada pelo governador Eduardo Leite.
Mas se há algo que a pandemia nos ensinou é não fixar prazo definitivo. Estimativas, para ajudar a pensar e planejar, sim. Data cravada, sem combinar com o vírus, não. A questão do desequilíbrio técnico do Interior em relação à dupla Gre-Nal se agrava, mas tem o outro lado.
A rotina de largar atrás na preparação e sofrer no primeiro turno sempre foi de Grêmio e Inter. Dessa vez, será o contrário. Um dia da caça; outro do caçador.
Prejuízo mesmo nesse quesito, terrível, só do Caxias, candidato a título. Curiosamente, nessas mudanças constantes de cenário da pandemia, talvez o errado vire certo. Se saiu o acordão para não ter rebaixamento, que diferença faz o tempo ideal de intertemporada? Concluir o Gauchão, quem sabe jogando na cidade de bandeira mais leve, ainda é importante como emblema na luta contra o coronavírus. Prefiro esperar um tanto antes de revogar o 19 de julho.
Além do mais, se o 19 virar 26 ou 29, não faz diferença. Que a volta de Messi na Espanha e o octa do Bayern na Alemanha nos inspirem.