A principal polêmica relacionada à seleção portuguesa, que está classificada para às quartas da Copa do Mundo 2022, envolve Cristiano Ronaldo, grande estrela do time. Ele foi colocado no banco de reservas por Fernando Santos, técnico da equipe.
Os dois são responsáveis diretos pelo único título de Portugal: a Eurocopa de 2016, vencida em cima da forte França. Seis anos depois, a turbulência permeia o vestiário da seleção que busca levantar sua primeira taça de Mundial.
Fernando Santos está no comando português desde 2014 e soma 108 jogos na casamata. São 68 vitórias, 21 empates e 19 derrotas. Durantes esses oito anos à frente da equipe, o treinador de 68 anos sempre contou com Cristiano Ronaldo entre os 11 titulares. Mas, desta vez, no Catar, o deixou na reserva para colocar o jovem Gonçalo Ramos, de apenas 21 anos, que marcou um hat-trick na goleada sobre a Suíça.
O camisa 7 não gostou de ser substituído contra a Coreia do Sul, pela terceira rodada da fase de grupos, e se irritou com Fernando. Após o episódio, ele foi colocado no banco pelo técnico e deve continuar sentado no duelo contra Marrocos, no sábado (10), ao meio-dia.
Apesar da idolatria de Cristiano, Fernando também tem sua parcela de preferência dos torcedores portugueses. Mas os números do jogador são mais favoráveis. Em 195 partidas com a camisa de Portugal, o atacante têm 118 gols em 195 jogos. Em média, precisa de menos de dois confrontos para balançar as redes. O momento não favorece o ídolo que, inclusive, está sem clube, desde o anúncio de sua saída feito pelo Manchester United, no final de novembro deste ano.
Carreira do técnico
A primeira experiência de Fernando Santos à frente de uma seleção não foi em Portugal. Antes de se transferir para a equipe da nação em que nasceu, treinou a Grécia entre 2010 e 2014, quando foi demitido do cargo.
Os dois países foram a casa dele durante muitos anos. Sua carreira em território português começou no Estoril-POR, em 1988. Depois de seis anos, foi para o Estrela-POR, time da segunda divisão. Ele também treinou os três principais times do país: Porto, Sporting e Benfica.
Na Grécia, comandou o AEK Atenas, Panathinaikos e Paok. Este último, foi o clube que Fernando mais tempo ficou, 114 jogos no total.