Histórico, inesquecível e até então inédito. Assim se resumiu o feito da Seleção Brasileira em 1970. Neste domingo (21), a conquista do tricampeonato do Brasil, na Copa do México, completa 50 anos. Durante a semana, GaúchaZH relembrou os principais fatos que marcaram o título de uma geração que teve Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson, Rivellino, além do gremista Everaldo.
O time treinado por Mário Jorge Lobo Zagallo venceu os seis jogos que disputou. Marcou 19 gols e sofreu apenas sete.
A trajetória também ficou marcada pelos lances memoráveis de Pelé que acabaram não virando gols. O chute do meio-campo contra a Tchecoslováquia, o cabeceio que parou no inglês Banks e o drible de corpo sobre o goleiro uruguaio Mazurkiewicz.
Gaúcho nascido em Alegrete, João Alves Jobim Saldanha foi ainda adolescente para o Rio de Janeiro. Na então capital da República, tentou ser jogador, virou jornalista e também técnico. Foram apenas dois trabalhos como treinador, um deles na Seleção Brasileira. Assumiu em 1969 e foi demitido menos de três meses antes da Copa de 1970, conquistada pelo Brasil.
Festa que parou Porto Alegre e uniu a dupla Gre-Nal: o retorno de Everaldo, campeão do mundo em 1970
Três dias após o Brasil ser campeão do mundo, Porto Alegre foi palco de uma recepção apoteótica para seu representante na conquista do Tri, na Copa de 1970. "Toda a cidade foi ver a volta de Everaldo", estampava a capa de Zero Hora de 25 de junho daquele ano, dia seguinte do retorno do lateral ao Rio Grande do Sul.
Dias depois de chegar do México como campeão do mundo, Everaldo foi imortalizado na memória do Grêmio. Em decisão aprovada pelo Conselho Deliberativo, a bandeira do clube ganhou uma estrela dourada para homenagear o lateral da Seleção Brasileira, campeão da Copa de 1970. Colorado na infância, conforme afirma a filha Denise, o jogador tentou a sorte no Inter, mas foi reprovado por ser franzino.
Os gramados do México tiveram na Copa do Mundo de 1970 um dos maiores times da história com a Seleção tricampeã mundial naquele ano. Everaldo, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Rivelino, Pelé e Tostão fizeram parte de um time que revolucionou o futebol. Ex-jogador do Brasil e do Cruzeiro, Tostão conversou com o Sala de Redação nesta sexta-feira (19) e relembrou detalhes da conquista que completa 50 anos. Para Tostão, Pelé já apresentava sinais de cansaço e quis fazer da Copa do Mundo sua despedida em alto nível.
Pelé foi o cara da Copa de 1970, mas nem ele marcou gols em todos os jogos do Mundial. Essa façanha foi protagonizada por Jair Ventura Filho, o Jairzinho, que balançou as redes sete vezes na competição disputada no México. Camisa 7 da Seleção, ganhou o apelido de Furacão por aterrorizar os adversários com sua força e velocidade. Aos 75 anos, Jairzinho está isolado em um sítio na cidade de Miguel Pereira, que fica a 120km da capital do Rio de Janeiro.
"Há exatos 50 anos o mundo viu em ação o maior time de futebol de todos os tempos. Nunca, nem antes nem depois, houve algo igual. A Hungria de Puskas, a Holanda de Cruyff, a Alemanha de Beckenbauer, o Real Madrid de Di Stefano, o Barcelona de Messi, o Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha, todos foram subalternos à Seleção Brasileira campeã do mundo em 1970, no México."
Um dos lances geniais de Pelé na Copa de 1970 teve participação direta de Atílio Genaro Ancheta. O zagueiro que marcou época no Grêmio defendia o Uruguai na semifinal contra o Brasil. No segundo tempo do confronto, Tostão lançou o Rei. Com uma ginga de corpo, ele se livrou do goleiro Mazurkiewicz. Enquanto isso, o camisa 2 da Celeste correu na cobertura. O 10 da Seleção chutou, o defensor atrasou o passo e a bola, caprichosamente, passou a centímetros das suas costas e saiu rente à trave direita.
Neste domingo (21), o tricampeonato mundial da Seleção Brasileira completa 50 anos. No dia 21 de junho de 1970, Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto marcaram os gols do 4 a 1 sobre a Itália, na conquista da Copa de 1970, no México. Três dias depois, Porto Alegre foi palco de uma recepção calorosa para seu representante neste feito.
No dia 21 de junho de 1970, Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto marcaram os gols do 4 a 1 sobre a Itália, que descontou com Boninsegna, e colocaram o Brasil novamente no topo do futebol mundial. Para relembrar a conquista, GaúchaZH montou um quiz sobre a Copa do Mundo de 1970, que foi disputada no México. Quem foi o artilheiro da competição? E quem foi eleito o melhor jogador do torneio?
Poucos jornalistas gaúchos cobriram a Copa de 1970. Um desses privilegiados foi João Carlos Belmonte. Com cinco décadas de carreira e passagens por vários veículos, entre eles o Grupo RBS, entre 1984 e 1998, o profissional tinha 26 anos quando viu a Seleção Brasileira encantar o planeta — era repórter da Rádio Guaíba. O Mundial do México foi o seu primeiro. Depois, trabalhou em outros seis: 1974, 1978, 1982, 1986, 1990 e 1994.