Alvo de mandado de condução coercitiva, Eurico Brandão, vice-presidente de futebol do Vasco, foi até a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, na tarde desta sexta-feira, prestar depoimento à operação da polícia que investiga a relação dos clubes com as torcidas organizadas, denominada 'Limpidus'. Ao deixar o local, Euriquinho negou que o Cruz-Maltino tenha qualquer relação com organizadas, principalmente a Força Jovem, banida dos estádios.
- O Vasco não tem relação com líderes de torcidas e nem organizadas. Até porque esta torcida em questão está banida dos estádios. Já teve, mas no passado - disse o dirigente à imprensa, ressaltando também que o Vasco não dá ingressos para torcidas organizadas.
- Fomos chamados para esclarecer se tínhamos conhecimento desta prática. Eles estão investigando repasses de ingressos de organizadas a cambistas. Respondi que não tenho conhecimento. O Vasco não tem essa prática desde que foi feito um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) no Ministério Público - completou.
O chefe de segurança do Vasco, Edmilson José da Silva, o Tubarão, também foi prestar depoimento. Outro funcionário intimado e esperado para prestar esclarecimentos é Rodrigo Granja dos Santos, o Batata. Sobre este último, Euriquinho disse que cabe a polícia investigar se tem relação com organizada.
- Ele é funcionário do Vasco. Se é membro de torcida e tem ligação, não é responsabilidade minha, mas da autoridade policial averiguar - disse Eurico Brandão.
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão em São Januário nesta terça-feira. De acordo com informações do Globoesporte.com, foram apreendidas camisas com o nome de Eurico Miranda, CDs e dois computadores, um que seria de uma sala de espera e o outro apontado como de Batata. Além disso, o juiz ainda decidiu que Tubarão e Batata precisam ser afastados de suas funções no Vasco e estão proibidos de entrar em estádios.