É consenso entre os especialistas que a pandemia acelerou, na marra, o processo de digitalização das empresas. No caso da estudante de Ciências da Computação da PUCRS Natália Dal Pizzol, serviu para que decidisse pela carreira de desenvolvedora de software.
Quando começou o período de distanciamento social, ela aproveitou para fazer cursos online gratuitos de programação e descobriu um mundo bem mais interessante do que esperava.
— Quando a gente pensa que alguém vai trabalhar com isso, imagina uma pessoa sozinha, o dia todo no computador, fazendo cálculos. Percebi que tem um aspecto muito mais criativo — empolga-se.
Ela foi uma das selecionadas pelo programa Mulheres na Computação, implementado pela universidade em parceria com a empresa Poatek. São bolsas para que as estudantes desenvolvam pesquisas durante a graduação, na área em que escolherem. Natália participa do desenvolvimento de um robô que vai dialogar com o público levando em consideração os sentimentos demonstrados pela pessoa em frente à câmera.
— As pesquisas costumam ter um propósito. Agora estou neste projeto, o que no primeiro semestre já é incrível: fazer uma máquina entender o que a gente está digitando ou falando, podendo ser utilizado no apoio a crianças ou pessoas com deficiência — enaltece.
No horizonte, ela mira iniciativas focadas em sustentabilidade e observa grandes empresas que caminham nessa direção.
