O presidente Jair Bolsonaro afirmou que todas as categorias terão de dar a sua cota de sacrifício na reforma previdenciária, incluindo as forças policiais.
Nesta terça-feira (2), lobistas das carreiras de policiais federal e civil fizeram protesto na Câmara dos Deputados para que o texto da proposta inclua emendas igualando os benefícios aos da categoria militar.
O presidente disse que está tratando do assunto com o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e classificou como natural o protesto de lobistas.
— Está sendo negociado. Liguei para o Valeixo. Estamos tratando do assunto. É natural os lobbies, mas todo mundo vai ter a sua cota de sacrifício, como as Forças Armadas tiveram —disse.
A bancada do PSL, partido do presidente, pode registrar uma baixa de até 22 votos a favor da reforma caso não sejam incluídos os destaques que beneficiariam os policiais civis e federais.
A principal resistência é do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o qual a mudança poderá desidratar ainda mais a proposta.
O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PL-AM), convocou para esta terça-feira (2), às 16h, a sessão para que o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresente a nova versão do projeto.
Até o momento, no entanto, governo e oposição não chegaram a um acordo para a inclusão de estados e municípios na proposta.