Conforto para os usuários, ampliação da pista, mais destinos internacionais e terminal novo com possibilidade de operação até julho. Essas são algumas das inovações que o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deve oferecer neste ano. É o que afirmou a CEO da Fraport, Andreea Diana Pal, em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (14).
A companhia gerencia aeroportos em todo o mundo, entre eles, o Salgado Filho. No Brasil, a Fraport cuida também do aeroporto de Fortaleza. Um ano após a empresa assumir a administração do Salgado Filho, Andreea conversou ainda sobre prazos, estacionamento e desafios a serem solucionados para melhorar os serviços.
Confira os principais temas da conversa:
Novo terminal
Obras estão em andamento com previsão de serem concluídas até outubro. Contudo, existe a possibilidade de que usuários possam utilizar nova estrutura até julho. Deve ter o mesmo tamanho do terminal 1.
Terminais antigos
O terminal 1, que concentra boa parte das chegadas e partidas de voos, deve seguir em operação. Já o terminal 2 — conhecido como antigo — deve sediar apenas torre de comando e atividades administrativas.
Estacionamento
Um novo prédio-garagem está sendo construído. Segundo Andreea Diana Pal, a estrutura disponível para guardar veículos atualmente tem capacidade para cerca de 2,7 mil vagas. Com a nova, esse número deve ser ampliado para aproximadamente 4,3 mil.
Ampliação da pista
Previsão é de que ocorra até 2021. Conforme Andreea, a ampliação não será benéfica apenas para o aeroporto Salgado Filho, mas para todo o Estado. Isso porque permitirá novos voos de cargas e passageiros para destinos indisponíveis no momento, como Canadá, Oriente Médio, Europa e Rússia. A razão é que aeronaves que fazem esses trajetos são maiores e demandam mais espaço na pista para manobrar com segurança. Ao possibilitar esses voos, Andreea acredita existir possibilidade de aumentar as exportações do Rio Grande do Sul. Segundo ela, somente 30% da produção que sai do RS para o exterior é feita pelo Salgado Filho. O resto precisa ir de caminhões para outros aeroportos embarcar.
De acordo com Andreea, a retirada das famílias que moram no entorno do Salgado Filho é o principal desafio para a conclusão da ampliação de pista. Ela afirma que Fraport e prefeitura trabalham nas negociações. O local onde ficam as vilas Dique e Nazaré deve ser usado para construir uma zona de segurança indispensável para o aumento da pista.
Realocação das famílias
O procurador-adjunto da Procuradoria-Geral do Município, Nelson Marisco, explica que a Fraport fez o cadastramento das cerca de 1,3 mil famílias que moram na Vila Nazaré, localizada no sítio aeroportuário, e que elas serão reassentadas. Duas unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, por meio da Caixa Econômica Federal, estão em fase final de conclusão. Parte das famílias será remanejada para os empreendimentos Senhor do Bom Fim, no Sarandi, e Irmãos Maristas, no Rubem Berta. O empreendimento do Sarandi será entregue no final deste mês de março e do Rubem Berta em junho. Marisco explica que o processo também envolve o Ministério Público Federal, que entende que como as famílias estão há anos no local teriam direito de escolha de onde morar.
Drenagem de pista
Um dos problemas da pista do Salgado Filho é o acumulo de água, que gera insegurança para pousos e decolagens. Já estão sendo feitas melhorias, como a criação de bolsões para que o líquido não acumule na pista, e, assim, evite-se insetos e animais que possam ocasionar colisões.
Novos voos
Com as reformas terminadas, deve haver abertura de novas linhas. Um dos destinos bastante procurado pelos usuários, conforme Andreea, é os Estados Unidos.
Mais espaço
O fim das obras deve trazer mais espaço para quem utiliza o aeroporto, de acordo com Andreea, principalmente na área de embarque. O local deve ter acréscimo no número de lojas e mais iluminação. Andreea explica ainda que deve haver mais conforto, principalmente na área de embarque. A parte pública do aeroporto, segundo ela, é dedicada ao check-in. Por isso, deve ter ambientação melhorada, mas não receberá muitos assentos novos. Andreea justifica que o conceito nos principais aeroportos do mundo não é que as pessoas fiquem sentadas nesse setor. A espera deve ser feita nos cafés e restaurantes.
Ar-condicionado
Andreaa explica que a regulagem da temperatura, atualmente, está prejudicada porque há paredes quebradas que fazem com que o ar não fique como desejado. Mas essa questão deve ser resolvida em breve. Além disso, o sistema de ar-condicionado será trocado.
Limpeza
Também deve ser mais cuidadosa. Andreea justifica que, neste momento, há mais sujeira em razão das obras. Assim que as melhorias forem feitas, o capricho deve ser mais rigoroso. A atenção também deve se voltar aos banheiros, item que tem recebido reclamações frequentes. A CEO explica que, por questões ecológicas, não há mais água no banheiro masculino. O que não significa que não haja limpeza. Porém, para evitar o cheiro desagradável do atual sistema à seco, a água será religada, mas isso leva um tempo.