O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (28) que o presidente Michel Temer já conversou com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, sobre a ameaça de greve dos petroleiros. Padilha apelou para que a categoria não entre em greve em um momento tão delicado, quando a BR Distribuidora está reabastecendo o país, ainda em situação dramática. Segundo Padilha, a Petrobras já está negociando com os petroleiros para que não haja paralisação.
Os petroleiros anunciaram que pretendem fazer na próxima quarta-feira (30) uma greve nacional “de advertência“ por 72 horas. A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados. No último fim de semana, a categoria afirmou ter feito operações-tartaruga nas seguintes refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.
Em nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar pela redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. A entidade também se mostra contrária à gestão de Pedro Parente. No entanto, o governo disse que não há hipótese de Parente deixar o cargo.
— O presidente foi felicíssimo em escolhê-lo — disse Padilha.
Segundo a Federação dos Petroleiros, a “greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.
Padilha também negou que o governo possa adotar nova política de preços pela Petrobras para os combustíveis, que deixariam de ter reajustes diários, passando a ser alterados com uma periodicidade pré-estabelecida.
Pela proposta defendida pelo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, haveria política permanente de compensação à Petrobras para garantir reajustes não diários, mas em um prazo mais longo.