Os petroleiros anunciaram greve de três dias em todo o Brasil a partir de quarta-feira (30). A informação foi confirmada na noite deste sábado (26) pelo presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), Fernando Maia da Costa.
A decisão ocorreu após reunião, por meio de videoconferência, entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e entidades em todo o país na noite deste sábado. Entre as reivindicações da categoria está a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e a redução do preço dos combustíveis.
— Somos contrários ao processo de privatização que a Petrobras está fazendo aqui com as unidades da Refap e da Repar, na região Sul, e as refinarias Landulpho Alves Mataripe e Abreu e Lima. Também somos contra a atual política de preços da atual diretoria, de Pedro Parente, que causou todo esse problema.
No Estado, o movimento dos petroleiros ganhou força na manhã deste sábado. Parte dos funcionários da Refap, em Canoas, não realizou a troca de turno em apoio à greve dos caminhoneiros.
A maioria dos trabalhadores que ingressaram na meia-noite de sexta-feira seguiram trabalhando na unidade até a manhã deste domingo (27). O presidente do Sindipetro, Fernando Maia da Costa, afirmou que os funcionários devem iniciar suas jornadas de trabalho com atrasos até quarta-feira (30), dia previsto para início da greve.
Na noite deste sábado, cerca de 300 manifestantes seguiam no entorno da refinaria, segundo o 15ª Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelo policiamento em Canoas.
— Não estão ocorrendo bloqueios. Tem uma medida judicial que impede qualquer tipo de bloqueio no local. Eles (manifestantes) estão bem tranquilos. Estamos dialogando com eles. Me parece que não teremos maiores problemas — afirmou o capitão Fábio Bilhar, do 15º BPM, oficial presente no local.
Durante este sábado, caminhões-tanques carregados com combustíveis saíram do local com o objetivo de abastecer o aeroporto Salgado Filho e serviços de emergência na área da saúde e da segurança.