O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta terça-feira (22) que “nunca passou pela cabeça do governo” a possibilidade de mexer na política de preços dos combustíveis, que hoje segue o mercado internacional. Parente conversou com a imprensa após audiência no Ministério da Fazenda sobre o assunto.
— Já na abertura da reunião nos foi comunicado que, em hipótese nenhuma, em nenhum momento, passou pela cabeça do governo que poderia pedir qualquer mudança em uma política que é da exclusiva alçada da Petrobras — afirmou.
Na saída da reunião, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que solicitou informações sobre a dinâmica do mercado e de como o governo poderia considerar eventuais medidas para amenizar o impacto dos aumentos da gasolina e do diesel para os consumidores.
— Em nenhum momento pedimos alteração de preço da Petrobras, apenas pedimos que o presidente Pedro Parente viesse aqui para termos mais informações sobre o tema — apontou. — Não tem decisão, quando e se tiver a gente comunica.
Questionado sobre redução de impostos, Guardia indicou que “o espaço fiscal é muito reduzido”.
Parente comentou que eventuais medidas do governo “serão discutidas posteriormente, mas não no âmbito da Petrobras”.
Sobre a redução do preço dos combustíveis nas refinarias anunciada nesta terça, após sequência de aumentos, haverá corte de 2,08% no valor da gasolina e de 1,54% no diesel, presidente da Petrobras justificou que a variação é comum, e está diretamente relacionada à dinâmica do preço do barril de petróleo, do dólar e de outros fatores da economia internacional:
— A redução de hoje é simples de entender, (é) em função de uma redução importante de câmbio ontem, com uma atuação do Banco Central.
O Ministério de Minas e Energia, que foi representado no encontro pelo titular da pasta, Moreira Franco, não se manifestou.