Seguindo uma tendência que já dura anos, diversos dados continuam sinalizando que são boas as perspectivas gerais para a agropecuária brasileira em 2019. As recentes revisões na estimativa da Conab para a safra de grãos 2018/2019 apontam para aumento de 3,4% na comparação com a anterior. No caso do milho, cuja previsão atual é de 94 milhões de toneladas, o crescimento esperado é bem maior (16,5%).
Idêntico movimento otimista é sentido também no que diz respeito à comercialização de máquinas e implementos agrícolas. Projeções da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) vão em direção de crescimento anual de cerca de 10,9%.
Um fator que poderia atrapalhar um pouco as boas expectativas é a diminuição do crédito, sobretudo o destinado ao orçamento do Moderfrota, mas, mesmo nesse aspecto, acreditamos que os pleitos do setor serão levados em conta pelo governo, até por ser o agronegócio atualmente o setor mais dinâmico e produtivo da economia. Não deverá ser um grave problema, até pelo fato de que a linha de crédito disponibilizada pelo Moderfrota não é a única forma que o produtor rural tem de financiar a compra de seu maquinário.
Vale observar ainda que os bancos estão cada vez mais interessados pelo segmento rural e competindo com taxas consideradas adequadas. Afinal de contas, o sistema financeiro tem consciência da elevada capacidade de pagamento dos empresários do setor agropecuário. Especificamente para o setor de máquinas, a necessidade de recurso é da ordem de R$ 2,5 bilhões para complementar o Moderfrota.
Vale observar ainda que os bancos estão cada vez mais interessados pelo segmento rural e competindo com taxas consideradas adequadas.
Estamos confiantes em um denominador comum. Por esse motivo, nossas expectativas em relação à Agrishow 2019 são as melhores possíveis. A feira, que completa nesta edição 25 anos de sucesso e de contribuições importantes para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, enfatiza todas as cadeias produtivas, com a apresentação de inovações desde a área de insumos, como fertilizantes e sementes, passando pelo segmento de máquinas e implementos agrícolas até as tecnologias para agricultura de precisão, conectividade e Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). Em termos de negócios iniciados no evento, a estimativa é de uma alta entre 8% e 10% sobre o ano passado, quando foi obtido resultado de R$ 2,7 bilhões.