O Rio Grande do Sul está colhendo sua maior safra de soja. Pelo menos essa é a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que nesta quinta-feira (11) apresentou balanço da safra gaúcha. No sétimo levantamento do ciclo, aponta volume de 18,74 milhões de toneladas, resultado levemente acima das 18,71 milhões de toneladas produzidas em 2017, até então o melhor resultado.
— Poderá ser daí para mais, e não para menos — afirma Carlos Bestetti, auxiliar da superintendência regional da Conab.
A afirmação é feita porque as áreas ainda por colher no Estado ficam em regiões onde a produtividade obtida tem ficado acima da esperada no início do ciclo.
Pesaram para esse resultado expressivo na cultura, o clima favorável e também o uso de tecnologia por parte dos produtores.
O Rio Grande do Sul tem hoje um sexto da área total cultivada com soja no Brasil e 16% da produção. Nesta safra, o Estado vai bater o Paraná, passando à condição de segundo maior produtor da oleaginosa. Os paranaenses tiveram redução em volume por conta de problemas climáticos.
— Como temos área maior, poderemos vir a superar o Paraná sempre — acrescenta Bestteti.
No total de grãos, o volume deverá ser de 34,78 milhões de toneladas, o segundo melhor resultado. É que apesar do resultado histórico da soja e da boa performance do milho, que cresceu 19,5% em produção, o Estado registrou problemas significativos nas lavouras de arroz, que encolherão 11,7% em relação ao ano passado.
No Brasil, a produção de grãos deve chegar a 235,34 milhões de toneladas, 3,4% maior do que no ciclo anterior. Para a soja, a colheita está estimada em 113,82 milhões de toneladas, 4,6% menor na comparação com mesmo período.