A Justiça proibiu Titi Müller de falar sobre o ex-marido e de sua família nas redes sociais. Nesta quinta-feira (23), a assessoria de comunicação da apresentadora divulgou um comunicado em que explica que Titi não pode se pronunciar sobre a situação.
"Por força de uma liminar que prevê pena de multa, a apresentadora Titi Müller está restrita em seu direito de se manifestar a respeito das sete ações que correm na Justiça entre as partes", diz o comunicado.
A publicação chama a decisão de anticonstitucional e diz que será pedido um novo recurso contra a decisão, de setembro de 2022. Na nota, a assessoria diz que as violências físicas e psicológicas iniciaram ainda em 2020, durante a gravidez de Titi.
"O receio de que o caso se tornasse público, agravando a já conturbada relação com o pai de seu filho, fez com que ela evitasse a denúncia formal até o limite de suas forças e de sua segurança, o que ocorreu em 5 de agosto de 2021", diz a nota.
Titi tem uma medida protetiva contra o ex-marido desde 13 de fevereiro de 2023. O comunicado diz que a equipe lamenta que a apresentadora não possa falar sobre o assunto: "Titi está tolhida de abordar publicamente o assunto mais presente e relevante em sua vida pessoal: a maternidade. Uma violação de direito que extrapola sua condição de comunicadora e atinge a todas as mulheres e mães", finaliza o comunicado.
A advogada Ana Carolina Fleury, que representa Titi, diz que a apresentadora quer que o ex-marido seja responsabilizado pelas demandas de criação do filho.
— Ela é uma mulher autossuficiente e financeiramente independente. Essa situação toda de busca por Justiça foi realmente para que ela veja seu ex-companheiro responsabilizado de todas as demandas e principalmente na busca por uma convivência e criação do filho deles de forma saudável e responsável — declarou Ana Carolina em entrevista ao G1.
A representante de Titi falou sobre ação que determina que Titi não pode falar sobre o ex-marido nem sobre a família dele.
— Considerando o cenário de violência doméstica, comumente, as testemunhas, quando existem, são pessoas de convívio muito próximo. O que nos chama atenção é que muitas vezes os pais, os familiares, tomam um distanciamento da situação, e nesse caso a gente tem os familiares que aparecem com frequência nessa ação, sendo inclusive objeto de proteção também — afirma a advogada da apresentadora.
Na semana passada, Titi já havia falado sobre a decisão judicial em uma entrevista na semana passada ao videocast Desculpa Alguma Coisa, no portal UOL.
— Tem uma liminar que meu ex-marido pediu, pra que eu não citasse ele e pessoas da família dele em rede social sob multa. Então isso é absolutamente inconstitucional. Enfim, eu estou aí sob mordaça — revelou Titi.
Em outras ocasiões, Titi falou nas redes sociais sobre a relação do ex-marido com as demandas da paternidade. Em julho de 2022, ela fez um desabafo sobre ser mãe solo:
— Uma vez por semana a pessoa aparece com sintoma de covid e aí não quer pegar o filho. Hoje eu ofereci um teste de covid, não quis fazer. Acabou que vou levar sozinha em mais uma consulta médica — desabafou Titi.
Rebateu as acusações
Em publicação no Instagram, Tomás Bertoni negou as acusações de violência.
"Hoje, por falta de acesso ao processo completo, que está correndo sob segredo de Justiça, a reportagem veiculada na Globonews sobre minha relação com Titi e o nosso filho levou o debate para um campo de suposições, caindo em um lugar que não confere com a veracidade dos fatos e do caso. A própria investigação tem demonstrado, em todas as etapas, que as alegações de violência não correspondem à verdade", escreveu Tomás em publicação nos stories do Instagram.
Ele disse que é presente na rotina do filho e que a criança é uma prioridade para ele não por uma decisão judicial, mas por amor. Sobre a decisão judicial, ele diz que elas foram tomadas após tentativas de boa convivência e diálogo com Titi e rebateu a nota publicada nas redes da apresentadora.
"A ação cível, confirmada em duas instâncias, não impede manifestações sobre a maternidade, nem de forma alguma a silencia de nada, apenas impede ataques a mim e a minha família, e, principalmente, busca proteger minha paternidade", escreveu.
Além disso, Tomás disse que Titi fez chantagens, ameaças, agressões e invasão de propriedade e que ela colocou em risco a integridade física de pessoas próximas. Conforme Tomás, esses comportamentos "acabaram tornando o caminho judicial como o único possível para garantir um meio, no mínimo, pacífico para que a paternidade e a maternidade sejam exercidas em prol da criança e não em prol de curtidas, compartilhamentos e engajamento", disse.