Se você pratica atividades físicas, provavelmente já experimentou aquecer e/ou alongar antes de começar o exercício. Mas você sabe se está fazendo certo? Entende qual a diferença entre eles? Se quer saber mais sobre esse assunto, fica comigo no artigo de hoje!
O alongamento tem por objetivo aumentar a elasticidade do músculo, são movimentos mais lentos, ou até movimento nenhum (estático), que aumentam o relaxamento das estruturas contráteis da musculatura e estimulam os tecidos conectivos (tendões, fáscia muscular, ligamentos) para o ganho de comprimento muscular.
O aquecimento, por sua vez, é uma realização prévia de alguns exercícios leves, preparando a musculatura para o exercício de alta intensidade que vem em seguida. Ele aumenta a circulação sanguínea, oxigenação e temperatura dos músculos envolvidos e a lubrificação das articulações.
Alguns estudos mostram que fazer alongamentos estáticos (parados) antes de atividades físicas que o foco seja produção de força (por exemplo, a musculação) diminuem em até 30% a produção de força por até 30 minutos, devido à resposta neuromuscular inibitória que ocorre, e que pode, ainda, aumentar o risco de lesão, pela diminuição da capacidade de produzir força.
Portanto, antes do exercício, a minha indicação é fazer aquecimentos ou alongamentos dinâmicos (com movimento). Esse outro tipo de alongamento é muito semelhante ao aquecimento, tratando-se da repetição de movimentos que envolvem a musculatura a ser trabalhada com pouca ou nenhuma carga. Associar alongamentos dinâmicos e exercícios de aquecimento (por exemplo, o polichinelo) pode ser a melhor estratégia para prevenir lesões.
Mas isso não quer dizer que os alongamentos estáticos devam ser esquecidos. Eles podem ser uma ótima opção para o fim do treino, como estratégia para voltar à calma e retornar às atividades do seu dia-a-dia. Ou também em dias específicos de treino de flexibilidade – que, aliás, são importantíssimos – e que não haja nenhuma outra atividade física depois (ou seja, o foco é o treino de flexibilidade). Isso porque, gradativamente, você vai aumentando a elasticidade do seu músculo, ganhando amplitude de movimento, reduzindo tensões e melhorando o seu movimento global.
Espero que você tenha entendido as diferenças e a importância de cada uma das atividades e consiga inseri-las de forma a melhorar ainda mais seu desempenho no treino!
Raquel Lupion é formada em Nutrição e Educação Física, tem especialização em Nutrição Clínica e Mestrado em Ciências do Movimento Humano. Sua motivação é promover um estilo de vida saudável, fugindo de radicalismos e tentando encontrar o caminho do meio entre o que é necessário e o que é prazeroso. Na vida profissional, divide seu tempo entre atender em consultório, dar aulas de yoga, palestrar e ministrar cursos. Escreve semanalmente em revistadonna.com.