Reduzir gordurinhas indesejadas e flacidez, além de remover estrias e celulite sem a necessidade de fazer cirurgias plásticas é a proposta da chamada harmonização corporal. O termo, que vem ganhando força nas redes sociais, é usado para se referir a uma série de técnicas minimamente invasivas que ajudam a diminuir medidas e a definir a musculatura.
Conforme especialistas, a maior procura costuma ser por procedimentos no abdômen, costas e quadris, relacionados, principalmente, a queixas sobre dificuldade de emagrecimento, gordura localizada, melhora do tônus muscular e hipertrofia. No entanto, antes de iniciar qualquer tratamento, é imprescindível passar por uma avaliação médica, para que seja indicada a técnica, ou a associação de mais de uma delas, de forma correta, e para que sejam diagnosticadas ou afastadas condições clínicas que possam interferir nos procedimentos.
Donna conversou com as dermatologistas Rosemarie Mazzuco, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Seção RS, e Hellisse Bastos para saber mais sobre a harmonização corporal. Confira a seguir as respostas a algumas dúvidas sobre o tema:
Quais são as técnicas mais utilizadas?
Bioestimuladores de colágeno: produtos injetáveis que promovem firmeza da pele. Hoje são os mais utilizados para tratamento da flacidez corporal e facial.
Emptiers: medicamentos injetáveis que “queimam” a gordura.
Infusão de CO2: une quatro procedimentos para melhorar a circulação na região escolhida, melhora a flacidez e combate a retenção de líquido.
Ultrassom micro e macrofocado: indicado para diminuição da gordura subcutânea e para aumento da produção de colágeno nos tecidos mais profundos, pode ser usado para tratamento da celulite e da gordura localizada, associada ou não à flacidez.
Criolipólise: trabalha na redução da gordura localizada no abdômen, flancos, gordurinha do sutiã, papada e próximo das axilas, coxas, quadril e glúteos.
Preenchimento com ácido hialurônico: preenche celulites dos glúteos, cicatrizes, sulcos e rugas.
Como é a recuperação?
Em geral, a pessoa não precisa se afastar das atividades normais após os procedimentos.
— Mas é comum que ocorram edemas, sensibilidade e equimoses nas áreas tratadas, que regridem em poucos dias — explica a dermatologista Rosemarie. — Nestes casos, deve-se evitar a exposição ao sol e a prática de exercícios intensos.
Ambas profissionais reforçam que é de extrema importância que os procedimentos sejam realizados por um médico, ou com indicação e supervisão médica.
— É necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar que envolve médico, nutricionista e profissionais de saúde como fisioterapeuta e técnico de enfermagem — complementa a dermatologista Hellisse.
Os efeitos são duradouros?
Os efeitos variam conforme os cuidados e o estilo de vida adotado pela paciente. Assim como na face, os procedimentos mais modernos de harmonização corporal dão resultados de longo prazo, mas é necessária sua manutenção semestral ou anual.
— É importante lembrar que as variações de peso, o estilo de vida irregular e o envelhecimento progressivo estão diretamente relacionados às alterações estéticas faciais e corporais, por isso nenhum procedimento tem resultado definitivo — pondera Rosemarie.
A médica destaca ainda que todos os tratamentos para melhora da estética corporal devem ser associados a hábitos como alimentação saudável e exercícios físicos leves a moderados.
— A ingestão apropriada de água, proteínas e vitaminas, além do controle da ingestão alcoólica, do tabagismo e do estresse são imprescindíveis para o bom resultado dos tratamentos — explica.
Há contraindicações?
Sim, por isso cada caso deve ser avaliado individualmente. Em geral, qualquer procedimento é contraindicado para gravidez e doenças como câncer. Pessoas com histórico de alergias ou doenças autoimunes podem ter contraindicação ao uso de produtos injetáveis. Próteses metálicas podem contraindicar o uso de algumas tecnologias como o ultrassom e a radiofrequência.