Conforme os anos vão passando, a pessoa sente a pele mais flácida, enrugada e com manchas. Essas são algumas das consequências da diminuição de colágeno no organismo. Conversamos com as dermatologistas Juliana Boza e Larissa Kirylko Barion para esclarecer dúvidas sobre esta proteína encontrada em abundância no nosso corpo e que tem entre suas funções dar suporte e sustentação aos tecidos.
Existem fatores que aceleram a queda do colágeno no organismo?
Sim. Alguns hábitos acentuam a quebra do colágeno e, por consequência, o envelhecimento da pele. Entre eles, destacam-se a exposição solar excessiva, o consumo exagerado de açúcar, o tabagismo e a poluição.
Estes fatores geram radicais livres, causando oxidação e degradação das fibras de colágeno. Por isso, algumas pessoas adquirem um aspecto envelhecido antes de outras.
Quando sua produção no organismo diminui?
A partir dos 20 anos de idade se inicia a queda de colágeno no organismo, e depois dos 30 ela se torna mais acentuada.
– Acredita-se que podemos chegar a uma perda de até 1% por ano. Ou seja, é uma questão progressiva – explica Juliana.
Devo consumir colágeno para evitar o envelhecimento da pele?
Não é todo mundo que tem a necessidade de ingerir colágeno. Pessoas que já consomem uma quantidade adequada de proteína em seu dia a dia não precisam desta suplementação, garante Juliana.
Para quem não consegue manter esta ingestão ideal apenas com a alimentação tradicional, a adição de colágeno via oral é uma forma de melhorar a hidratação e a elasticidade da pele. Para determinar o que é melhor para cada pessoa, é indispensável a consulta com um profissional especializado.
Vale a pena usar cosméticos com colágeno?
De acordo com Juliana, não existe nenhuma evidência científica de que cosméticos que contenham colágeno estimulem a produção da proteína quando aplicados na pele.
– O que a gente indica são cremes que contenham antioxidantes, como a vitamina C, que reduzem a destruição do colágeno – recomenda Juliana.
Quais são os procedimentos que estimulam a produção de colágeno por mais tempo?
Os procedimentos indicados pelas profissionais são: o ultrassom microfocado, lasers e bioestimuladores.
– Os lasers provocam uma injúria na pele e, ao se recuperar, ocorre a produção de novas fibras de colágeno. Já os bioestimuladores são injeções na derme profunda com produtos que permanecem no local por um ano, estimulando o colágeno durante esse tempo – explica Larissa.
– O ultrassom microfocado atua por meio de pontos de coagulação nas camadas mais profundas da pele. Esses procedimentos têm evidência científica, e o resultado é uma pele mais firme e com menos flacidez – garante Juliana.