Camila Maccari, Especial
A proximidade do verão pode fazer ressoar um alerta para quem se incomoda com celulite, flacidez e gordura localizada – a expectativa de longos períodos de pele à mostra motivam a busca de tratamentos que ajudem a amenizar as mudanças no aspecto dela.
Donna buscou os procedimentos não invasivos e de curta duração que ajudam na hora de melhorar aqueles detalhes que deixam você desconfortável. Conversamos com profissionais da área, que trazem opções que prometem resultados efetivos na hora de acabar com aquela gordurinha. Confira:
Ultrassom macro e microfocado
Aposta para quem busca um procedimento não invasivo na hora de amenizar a flacidez e a gordura corporal localizada, o ultrassom macro e microfocado 3D consegue atingir as camadas mais profundas da pele, onde ocorre a contração do colágeno.
– É uma nova geração de ultrassom, com uma tecnologia robótica e muito mais eficaz. Chega a ser oito vezes mais forte do que as tecnologias anteriores. Age fazendo micro e macropontos de coagulação, ou seja, causamos pequenos traumas que podem atingir pele, gordura ou músculo, dependendo do tamanho de ponteira utilizada. Assim, conseguimos tratar de forma global todos as causas da flacidez – explica a dermatologista Fernanda Casagrande.
As ponteiras, inclusive, adaptam-se e fazem com que o procedimento seja indicado para áreas diferentes do corpo, como o rosto, permitindo seu uso para elevação de sobrancelhas, lifting facial, contração de pálpebras, definição de mandíbula, além da melhora do contorno do pescoço e da papada. Além disso, Casagrande explica que o método é indicado para contornar a flacidez dos braços, abdômen e gordura corporal localizada.
– Os novos transdutores faciais 3D entregam uniformemente a energia ultrassônica nos pontos específicos onde desejar. No músculo, promove encurtamento das fibras e contração imediata, garantindo o efeito lifting. Na pele, o ultrassom contrai as fibras elásticas, melhorando a flacidez ao mesmo tempo em que estimula a produção do novo colágeno – ensina.
O ultrassom macro e microfocado não precisa de cortes ou anestesia e o resultado depende da área tratada. É indicado um procedimento por ano mas, dependendo do caso de flacidez, pode-se fazer uma segunda sessão em um intervalo de seis meses, por exemplo.
Fernanda afirma que o resultado pode ser percebido entre uma e três sessões, que podem variar de 40 minutos a uma hora e meia. Cada sessão custa a partir de R$ 1,4 mil.
Radiofrequência
Dentre as tecnologias para tratamento de flacidez e celulite, a radiofrequência é uma das opções mais procuradas nas clínicas e consultórios. De acordo com a cirurgiã plástica Maieve Corralo, o método age por meio do aquecimento da pele e da gordura a uma temperatura de até 45 graus.
– Isso causa uma desnaturação das fibras de colágeno e das proteínas. Com isso, estimula-se a produção e regeneração de novas fibras de colágeno, o que melhora tanto o aspecto da celulite quanto o da flacidez da pele – afirma.
Para a médica, a radiofrequência pode ser usada tanto no rosto quanto no corpo, em áreas como nádegas, face interna da coxa, braços e até nos seios.
– Usamos bastante, também, em mulheres que já fizeram uma mamoplastia e começaram a sentir uma leve flacidez e o resultado é bem satisfatório – garante.
Ela conta que o número de idas ao consultório depende de cada caso e, em geral, orienta-se de cinco a 10 sessões, com intervalo de cerca de 15 dias entre elas. Cada uma é relativamente rápida: são 15 minutos por área de aplicação. O custo médio por sessão é de R$ 250.
– O resultado esperado começa a ser visto depois da segunda ou da terceira aplicação, já que depende da produção endógena de colágeno. Também sempre aconselho, quando alguém faz uso de tecnologias de estímulo de colágeno, que a paciente faça uma reposição oral, normalmente em pó. Com 10 gramas de colágeno por dia já é possível otimizar os resultados dos procedimentos – finaliza.
Criolipólise plus
A criolipólise é um dos tratamentos mais pedidos quando o assunto são procedimentos para dar fim às gordurinhas localizadas. A fisioterapeuta dermatofuncional e gerente científica da Onodera Estética, Ingrid Peres, explica que, em um protocolo combinado entre criolipólise e criofrequência, os resultados tendem a ser ainda mais efetivos. Chamado de Criolipólise Plus, o processo envolve quatro fases de variação de temperatura – desde o uso de baixas temperaturas, que é a criolipólise, até o de temperaturas elevadas, a radiofrequência.
Um dia antes do procedimento principal, a criolipólise, é feita uma sessão de criofrequência, que promove choques térmicos que esquentam e esfriam o tecido, mobilizando tanto o colágeno quanto as células de gordura.
– Esse encontro do frio com o calor aumenta o o líquido dentro da célula de gordura. No dia seguinte, quando aplicamos a criolipólise para congelar as células adiposas da região escolhida, o congelamento com a célula cheia de líquido facilita o rompimento da membrana e a morte da gordura. Na mesma sessão, finalizamos com uma massagem localizada com gel crioterápico, que potencializa a diminuição da célula de gordura – afirma.
Depois do terceiro dia, o protocolo prevê mais uma aplicação de criofrequência – a união da radiofrequência e da criolipólise – para promover a dilatação, aumentar o processo inflamatório e diminuir a camada de gordura. Ingrid explica que os resultados começam a ser notados a partir de 30 dias após a aplicação da criolipólise, numa diminuição que continua até 90 dias depois do procedimento. O período de cada sessão varia de 40 minutos a uma hora e 20 minutos, de acordo com o dia de tratamento. O valor aproximado de uma sessão é de R$ 2,3 mil.