O icônico Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, foi o centro das atenções da gastronomia brasileira, na noite da última segunda-feira, 20 de maio. A cerimônia de lançamento do prestigiado Guia Michelin voltou para o Brasil depois de três avaliando restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Durante o evento foram anunciados não apenas as renomadas estrelas, mas também todos os restaurantes recém-ingressados ou mantidos na seleção da publicação, bem como os aclamados com a categoria Bib Gourmand.
Lançado pela primeira vez em 2015 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o guia retornou três anos depois de uma pausa na seleção de restaurantes no país.
- Estamos de volta e os nossos inspetores tiveram o imenso prazer em redescobrir a oferta gastronômica das duas cidades. Desde restaurantes fiéis às raízes brasileiras até aqueles com conceitos mais inovadores ou cozinhas internacionais, as seleções foram conquistadas pelas inúmeras novidades que agregaram - contou Gwendal Poullennec, diretor internacional da publicação.
Neste ano, o número de restaurantes laureados com duas estrelas dobrou em relação a última edição. Foram seis premiados: Oro (RJ); Oteque (RJ); Lasai (RJ); DOM (SP); Tuju (SP); e Evvai (SP).
Já os que ganharam uma estrela foram 15, sendo sete delas novidades no guia. Foram eles: Cipriani (RJ); Mee (RJ); San Omakase Room (RJ); Huto (SP); Jun Sakamoto (SP); Kan Suke (SP); Kinoshita (SP); Maní (SP); Picchi (SP); Fame Osteria (SP); Kazuo (SP); Kuro (SP); Murakami (SP); Oizumi Sushi (SP); e Tangará Jean-Georges (SP).
Dentro da seleção do guia, o Bib Gourmand destaca restaurantes pela excelente relação qualidade/preço. Muitas vezes considerados as melhores dicas dos inspetores, estes estabelecimentos são particularmente apreciados pelos gourmets que procuram refeições acessíveis, sem comprometer a qualidade dos produtos e da cozinha.
Com 12 novidades na seleção, o total de restaurantes que ganharam o selo chegou a 37. Em São Paulo, foram 30, entre eles: Capim Santo, Mocotó Vila Leopoldina, Più Higienópolis, Cora, Petí Gastronomia, Manioca, Banzeiro, AE! Café & Cozinha, Zena Cucina, Barú Mariqueria; TonTon, Nomo, Mocotó, Più Pinheiros, Shihoma Pasta Fresca, Tordesilhas, Fitó, A Bananeira – MASP, Cuia, Feriae, The Kith, Komah, Bistrot de Paris, Ecully Gastronomia, Le Bife, Corrutela, Brasserie Victória, Kotori, Balaio IMS e A Baianeira. No Rio de Janeiro, sete restaurantes foram agraciados: Miam Miam, Artigiano, Sult, Maria e o Boi, Pici Trattoria, Didier e Brota.
A novidade desta edição foi que, pela primeira vez, a publicação premiou no Brasil os restaurantes com a Estrela Verde, que apostam numa gastronomia sustentável. A Casa do Porco, o Corrutela e o Tuju, todos de São Paulo, levaram o troféu para as suas casas.
Dois prêmios especiais também foram entregues na cerimônia. O Prêmio Michelin Sommelier foi para Maíra Freire, responsável pela adega do Lasai (RJ). E o Prêmio Michelin Abertura do Ano, destinado aos restaurantes que iniciaram suas operações há poucos meses e que impressionou os inspetores, foi para o Tuju (SP), sem dúvida o maior vencedor da noite.
Como em qualquer outro lugar do mundo, a seleção de restaurantes foi feita de forma independente pela equipe internacional de inspetores especializados e anônimos, seguindo sua metodologia universal. O processo baseia-se na avaliação coletiva da qualidade da cozinha proposta pelos restaurantes, e é apreciada seguindo cinco critérios inalterados: a qualidade dos produtos, a harmonia dos sabores, o domínio das técnicas culinárias, a personalidade da cozinha, a consistência ao longo do tempo e através do menu como um todo. Portanto, ambiente ou qualidade do serviço não são levados em conta na atribuição das estrelas.
SOBRE AS ESTRELAS
Criado em 1900 pelos irmãos André e Édouard Michelin, o guia tinha como intuito estimular as pessoas a viajarem de carro. O comum era usá-los dentro das cidades. Vinha com dicas de como trocar pneus, mapas rodoviários e listas de hotéis e restaurantes. Em 1926, as estrelas passaram a fazer parte da publicação. Uma estrela é designada a um restaurante de elevado nível, com produtos de qualidade e execução com graus de refinamento, que vale a pena conhecer. Duas estrelas são concedidas para uma cozinha com grau de excelência e que vale um desvio. Três estrelas vão para os restaurantes que possuem uma cozinha praticamente perfeita e que valem a pena uma viagem específica para se conhecer.
GUIA MICHELIN 2024 - BRASIL
- 140 restaurantes recomendados
- 6 restaurantes com duas estrelas Michelin
- 15 restaurantes com uma estrela Michelin
- 37 restaurantes Bib Gourmand
- 3 restaurantes Michelin Estrela Verde
- 82 restaurantes selecionados