Eu meio que me tornei o tiozão dos cafés. Desde o dia que fiz uma Live no nosso Instagram com uma das maiores autoridades no assunto, a Isabela Raposeiras, do Coffee Lab de São Paulo, atravessei esse portal mágico e de lá não quero mais voltar.
Tenho até que me policiar para não ficar monotemático, vira e mexe eu puxo assunto aleatoriamente e é adivinha sobre o quê? Grãos, torra, métodos, temperatura da água, micro-lotes, regiões.
"Não tenho a intenção de doutrinar ninguém, mas, cara, é um universo tão fantástico que muda completamente a nossa relação com o café". Essa é a frase de efeito que eu sempre uso essa no início das conversas.
Acho que vocês vão me entender, é exatamente aquele mesmo processo de quando o cara começa a se encantar com a gastronomia e deixa de comer congelado para começar a participar mais do processo.
Passa a entender a diferença e as características das regiões produtoras, como fica diferente e melhor moer o grão na hora e passá-lo fresquinho, que o filtro interfere barbaramente e que não pode ser qualquer um, e principalmente, que assim como qualquer receita, café também tem suas proporções exatas.
Quando o cara vê, está com o armário cheio de treco de café. E é justamente isso que faz a diferença, além de ser extremamente terapêutico. Quanto mais a gente se encanta por algum tema específico, mais divertido ele vai ficando.
O micro-lote que degusto, neste exato momento, por exemplo, fica perfeito quando usamos 38 gramas do pó torrado na hora, para 600ml de água fervendo. Vem de Minas Gerais e dá para sentir perfeitamente as notas de manteiga de amendoim, cereja e avelã, se respeitado essa proporção no preparo. Tenho certeza que deu pra sentir o sabor só de imaginar, né?
Não tenho a intenção de doutrinar ninguém, mas, cara, é um universo tão fantástico que muda completamente a nossa relação com o café.